E fim de papo

 

Acho que não adianta mais falar mal de Bolsonaro. Ele é um caso sem jeito. Já demonstrou não ter sentimentos, não sentir pena, não se comover com nada. Estamos perto dos 300 mil mortos e o presidento continua navegando no seu mundinho particular.

Hoje criticou o governador de Brasília por decretar toque de recolher na Capital Federal.

De vez em quando ele aparece com um comportamento mais solidário, anuncia providências, dá sinais de reabilitação. Mas é só fachada. Menos de 24 horas depois de cada gesto, tira a máscara (esta ele usa) e se desnuda para o Brasil e para o mundo, exibindo a sua crueldade.

Por isso, a partir de hoje não vou perder meu latim com esse cidadão. Quem quiser gostar dele, goste. E olhe que tem muita gente que eu reputava inteligente endeusando esse senhor. Eu vou dedicar-lhe a minha integral indiferença. Sei que ele nem vai ligar para o que eu fizer. Me considera pequeno demais para incomodar sua majestade. Mas se é somente isso que posso lhe oferecer, o farei  com a maior boa vontade.

Minha solidariedade à professora do Pio X, morta hoje pela Covid. Às duas irmãs de Pombal que morreram quase ao mesmo tempo. E à mãe delas, que está internada em estado grave.

Solidariedade ao meu amigo que se encontra entubado na Unimed e cujo nome não vou divulgar aqui por não ter recebido autorização para fazê-lo. A todos os que choram a perda de um ente querido. E a todos que se foram, levados por esse vírus medonho.

Que as lágrimas dos que sofrem sejam capazes de amolecer os corações negacionistas que desdenham da Covid por se sentirem os escolhidos de Deus.