E fim de papo

Não sei se vocês prestaram atenção, mas eu prestei e digo sem medo: a turma que está invadindo as avenidas e logradouros é estribada.

Podem ver os carrões, as mulheres vistosas e multicores, mostrando os dentes bem cuidados e os suvacos raspados.

O que nos dói é ver do lado de fora um bando de pinguços apoiando o movimento. Um bando que não tem onde cair morto, fazendo sala para esses podres de ricos que zoam, zoam e depois voltam pras suas mansões para se desinfetar com uísque doze anos, enquanto os abestados, vindos da baixa da égua, vão arriar seus costados nos barracos com cheiro de azedo das periferias.

E outra prova de que  é tudo rico está na falta de brigas durante o trajeto. Eles gritam, fungam, mas não se registra um arranca rabo, por menor que seja.

Eles sabem que podem contar com os arengueiros do feijão puro para fazer a parte suja do movimento.

Eu shostô com a presença de inocentes úteis invadindo as redes para enaltecer  figura A ou B, dizendo que tal figura A ou B é figura do povo. É não, Representa, isto sim, aquele povo metido a besta, que quer ser as pregas do Véi Quelé, aquelas falsas galegas , de muita casca e pouco enchimento, feias e folotes, que enganam os bestas com seus trancelins e brincos amarelos, mas não aguentam uma cipoada na hora do acocho.

E eu paro por aqui porque não tô pariado a perder meu tempo com esse magote de fecha e abre riri que se sente o próprio dimdim de Maria Costa, mas que, na verdade, está mais derrubado do que califon de moça condenada ao caritó.

E o resto pra mim é bronca safada, para a qual não dou cabimento.

E quem achar ruim, vá furar o couro.