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E mais um dia se foi

6 de maio de 2020

Aumentou para 101 o número de mortos pelas mãos do mardito.Todo dia é a mesma pisada. E agora com um agravante: tem gente nova morrendo também. Aliás, mais nova do que velha. Enquanto muitos de 35, 40 anos partiram para a última jornada, apareceu um senhor de 101 anos curado.

Estou de longe, sem sair de casa. Vejo os filhos pelas chamadas de vídeo, inovação dos celulares que permite a conversa olho no olho a distância. Menos mal. Pior seria do outro jeito, aquele do tempo do meu pai via carta postada nos Correios com tempo certo de postagem e tempo incerto para chegar ao destino.

Estamos vendo muita gente sofrendo e muita gente querendo se dar bem, vendendo seus produtos pelo triplo do preço e botando a culpa no Covid 19. Até as máscaras!

Uma dor a mais no peito dos órfãos: Ninguém vai poder visitar a   mãe no domingo. Um dia das mães sem doces lembranças, sem a flor vermelha depositada no túmulo, sem a vela acesa e sem a oração ao pé da cova.

Não sei como está o astral do presidento.Espero que tenha tomado juízo e deixado de estimular as pessoas a pegarem coronavírus na rua.

Se todo mundo recomenda a clausura, não há porque um presidento aconselhar o enchimento das praças. Será que ele acha que sairá impune disso tudo?

No mais, tudo dentro dos conformes,  mais um dia está se indo, estamos todos vivos e saudáveis, com algumas saudades contidas no peito e a vontade de que tudo se resolva, o mardito vá embora e possamos retomar as andanças de antanho, as idas ao mercado da Torre para o tradicional cuscuz com bode, a lapada de aguardente no Bar de João, as belas histórias de Bigu de Jacumã e as bravatas de Dudu do Manaira Shopping brigando com os bandidos das novelas da Globo.

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