O procurador-geral adjunto de João Pessoa, Rodrigo Clemente de Brito, aparece como inscrito no concurso para Procurador do Município, promovido pelo órgão, em lista divulgada pela banca organizadora do concurso no último dia 16 de outubro. Dentro das atribuições dele, Rodrigo participa da organização das regras do certame, o que poderia inviabilizar a inscrição. Além disso, a esposa e a irmã dele também estão inscritas. Nas redes sociais, diversos concurseiros manifestaram revolta com a denúncia.
Entenda
Como procurador adjunto, Rodrigo faz parte do Conselho Superior da Procuradoria Geral do Município (art. 4º, da LC Municipal 61/10). Entre as atribuições dele estão a de deliberar sobre a oportunidade de realização dos concursos para ingresso na carreira e decidir sobre as inscrições, programas e normas regulamentadoras (art. 6º, VI); a de constituir a comissão do concurso e as bancas examinadoras (art. 6º, XI) e a de elaborar o regulamento do concurso e respectivo edital (art. 40, p. único). Em face disso, Rodrigo Clemente poderia ter informações privilegiadas a respeito do certame.
Família
Além do procurador adjunto, a esposa dele, Adryelle Fernandes Braga de Morais, e a irmã, Marília Clemente de Brito Pereira, também estão inscritas no concurso. A participação de Rodrigo e dos familiares fere o princípio da impessoalidade que é exigido em certames públicos.
Revolta
Em uma postagem nas redes sociais, diversos concurseiros manifestaram revolta com a denúncia. Entre os comentários, muitos pediam a intervenção do Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e a suspensão do concurso.
“Diante da crise moral que vivemos no país, esse sujeito querer que coloquemos a mão no fogo pela sua moral é demais. Pior, já imaginou caso ele passe? Com certeza o MP irá investigar, aí suspende o concurso e prejudica os que também passaram. Inconsequente esse cidadão!”, desabafou um dos concurseiros.
Sem resposta
Rodrigo Clemente de Brito foi procurado pela reportagem do Portal Correio para prestar esclarecimentos, mas até o fechamento desta matéria, as ligações não haviam sido atendidas.(Portal Correio)
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