Por onde passei deixei amigos. Mesmo não conseguindo a unanimidade, amigos deixei.
Na Prefeitura, quando fui secretário de Chico Franca, solidifiquei uma amizade para o resto dos anos seguintes com o próprio Chico.
Engraçado foi o que aconteceu depois de encerrar o mandato de Chico e, consequentemente, o meu de secretário.
O novo secretário convidou-me a ir ao seu encontro, na Secretaria, para lhe dar informações.
Cheguei na hora marcada, ele não estava. Estava a minha antiga secretária, agora secretariando o novo.
Sentei-me na recepção e ela, depois de me ver naquela desconfortável poltrona, convidou-me, sem esconder o sorriso maroto que dividiu com a colega de sala, a esperar o secretário novo na sala que tinha sido minha.
Como quem dizia: “Quem foste tu, quem sois agora.”
Mal sabia ela que o secretário novo queria informações sobre quem prestava e quem não prestava na Secretaria para aproveitar quem prestasse e expurgar os imprestáveis.
Tempos depois fui ser o adjunto na Comunicação do Estado.
A experiência não foi boa.
Quem conviveu comigo sabe porque não foi.
Mas de lá trouxe amigos, uns poucos, exatamente quatro, que faço questão de guardar no lado esquerdo do peito e não os nomino para evitar expô-los a sanha dos que, antes prestimosos soldados do ex-governador, ficaram no novo ambiente com a missão exclusiva de cuspir no prato que encheu suas panças.
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