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Ele não, de jeito nenhum

25 de setembro de 2018

O que me causa espanto nos eleitores do Capitão Jair é a raiva que eles têm. Falam com raiva, agem com raiva, a voz sai da boca com raiva, cuspindo bala. Nem os religiosos que acompanham o Capitão se salvam. O rancor desses últimos não parece em nada com os gestos de amor, de perdão e de compreensão do inspirador maior, Jesus, aquele que ensinou a dar a outra face ao tabefe rancoroso e a amar ao próximo “como a ti mesmo”.

Dia desses parei no cafezinho do shopping para conversar, mas logo corri de lá porque o bolsonariano ao meu lado quase me engolia. Pronunciava o nome de Lula com tanto ódio que chega as paredes do Manaíra tremiam, rachavam, ameaçavam desabar. Impressionante.

Caso você, amigo leitor, ainda não tenha observado isso, preste atenção nas falas de homens e mulheres da seita do Capitão. Eles não pecam, não erram, não admitem críticas, são seres superiores. Até um conhecido português abrasileirado adentrou na mensagem de uma moça de Haddad e a chamou de merda. Eu nunca vi uma coisa dessas.

Imagino o que vai acontecer quando o Capitão perder a eleição. Desse povo a gente espera tudo e mais alguma coisa.

Já estou vendo aquele pastor Mala Velha aos gritos, atirando o fogo do inferno nos infiéis. Ele e a seita dele. Para esse povo, o amor perde para o ódio, pois a esse povo não é dado conhecer o amor.

Eu vou às urnas. Vou ajudar a derrotar o mal, O Coiso, o enfezado. Faço isso em nome dos desamados, dos marginalizados e dos excluídos.

 

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