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Eleição com chá de jasmim

27 de março de 2019

Três pessoas disputam a cadeira que foi ocupada por Carlos Romero na Academia Paraibana de Letras: Germano, filho do ex ocupante, Ney Suassuna e Roberto Cavalcante.

Pouco conheço de Romero além das suas crônicas. Mas dos três, é o menos ruim.

Ney Suassuna, como dono de colégio, só escreveu um livro na vida.

E Roberto Cavalcante tem uma coluna no jornal que é de sua propriedade.

Isso, convenhamos, é muito pouco.

Houve um tempo em que para entrar na nossa Academia o sujeito tinha que suar a camisa.

Isso foi de Afonso Pereira pra trás.

Depois que a historiadora Glauce Burity foi preterida por um imortal virgem de escrita, tudo ficou nivelado por baixo.

Gente com méritos foi escanteada para dar vez a pessoas com méritos reduzidos.

Assim aconteceu com Biu Ramos, escritor e jornalista, tangido da APL por motivos até hoje não revelados.

A mesma coisa aconteceu com Nelson Coelho, jornalista e escritor de vários livros.

E com Evandro Nóbrega, então, nem se fala.

O grande Evandro perdeu para, pasmem, um colunista social.

E agora, Germano que se prepare, as portas se abrirão e será para Roberto Cavalcante.

O homem é rico, vaidoso e tem um império de comunicação sob sua batuta.

Será um repeteco do que se deu com Chateaubriand na ABL.

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14 Comentários

  • Reply Cavalcanti 27 de março de 2019 at 10:21

    A pobreza é grande

  • Reply aldo lopes de araújo 27 de março de 2019 at 10:53

    Tião, esqueceu que eu e 1berto de Almeida somos candidatos à APL? Candidatíssimos!

  • Reply Martins 27 de março de 2019 at 11:25

    Isso chama-se padrão PT.

    • Reply Delfos 27 de março de 2019 at 18:05

      Desde quando cabe ao PT indicar, escolher, ou eleger candidatos à APL?
      Mas ma questão “padrão”, parece muito mais a tal “meritocracia”
      do Bolsonaro. É por isso que no governo dele tem tanta gente escolhida
      pela “meritocracia”: Velez. Damares, Araújo,etc;

  • Reply H. Romeu. Pinto 27 de março de 2019 at 11:30

    Roberto Cavalcante não era um empresario envolvido com escandalos no FINOR?
    Que teve uma confusão danada com desvio de dinheiro de um financiamento industrial?
    Basta pesquisar no Google.
    O que me lasca é minha memória.

  • Reply 1berto de almeida 27 de março de 2019 at 16:43

    que é que é isso, doutor delegado e irmão ?! eu candidato ?! fora 1berto! não sou candidato nem a síndico do meu canil! brincadeira tem hora! agora tu, meu escritor, tens tudo para envergar esse fardão (um fardo grande ?)! sinceramente. sabes que falei para a Rosa a esse respeito: aldo lopes, políbio alves, tião lucena… verdade! brinco não! agora este pobre MB num fardão desses ? Nao, meu bom delegado, é fardão demais… deixes-me com o meu fardo! putabraço! e a campanha começa quando ?! sou teu cabo… cabe bem ?!

  • Reply Edmundo dos Santos Costa 27 de março de 2019 at 21:44

    PROCLAMAR-ME-EI – NÃO SINGELO MORTAL, MAS – PRESIDENTE DOS CUJO DITOS. E DITO, TENHO!

  • Reply Marcelino 28 de março de 2019 at 08:39

    AÍ DENTO !!!

  • Reply Aldo Lopes de Araújo 28 de março de 2019 at 15:05

    Caro 1Berto, a palavra Academia me traz à lembrança Oswald de Andrade e Tristão de Athayde. Oswald, do alto de sua antropofagia, sempre lastreado por uma irreverência cáustica, chamava o eterno presidente da ABL de “Tristinho de Ataúde”. Irreverência por irreverência, fico com a do nosso amigo Bráulio Tavares que afirmou sempre sonhar com a academia, mas que esta não teria fardões verde-amarelos, “teria chá das oito às oito, coito em vez de biscoito, e um chazinho de cogumelos”. Você quando escreve não fica a dever nada a esse pessoal em matéria de bom texto, maldição (bemdição) e antropofagia.

  • Reply GERMANO ROMERO 30 de março de 2019 at 10:14

    Prezado Tião,
    Em primeiro lugar, agradeço-lhe a menção ao meu nome e às pretensões de ocupar uma cadeira na APL. Como você falou que, de mim, conhece apenas as crônicas que escrevo, peço-lhe espaço para lhe informar um tiquinho a mais. As crônicas, publicadas em livro e em mais de 12 anos de atuação ininterrupta em jornais da cidade, já me bastariam para tentar uma vaga na Academia, mas, como o critério principal é ter “singular contribuição às letras, artes ou ciência, tem mais umas “coisinhas” na minha pequena história de 61 anos que importariam ao assunto.

    Por julgar preencher os critérios exigidos para integrar a Academia Paraibana de Letras, que se definem por “singular contribuição às letras, às artes ou à ciência”, decidi me inscrever à eleição para a cadeira nº 27, desocupada recentemente por meu pai, Carlos Romero.

    Note-se que na definição de “singularidade” reside o atributo daquilo que é único, distinto, incomum, significativo, especial. Posso considerar que minha contribuição às letras paraibanas guarda esses atributos, pois está vastamente registrada na produção literária veiculada, por cerca de 20 anos, na imprensa paraibana, seja em jornais, revistas, portais, livro publicado, predominantemente na forma de narrativa estilística classificada na literatura como crônica.

    No campo das artes, contribui como arquiteto atuante, há 37 anos, realizando inúmeros projetos de arquitetura que se inseriram com manifesta notoriedade no cenário urbano da cidade, com resultados estéticos publicamente reconhecidos pela comunidade paraibana. Além de ter sido diplomado como Bacharel em Música, sob a orientação acadêmica exclusiva, na classe de piano, do maestro e compositor José Alberto Kaplan, na Universidade Federal da Paraíba.

    Também criei e produzi programas e documentários turísticos e culturais que foram veiculados pelas TVs locais, durante vários anos, com grande repercussão no meio jornalístico e na população em geral, com manifestações registradas em diversos meios de comunicação.

    Minha formação cultural tem particular origem genética, na pessoa de meu avô materno, arquiteto Clodoaldo Gouveia, cuja obra foi responsável pela introdução de excepcionais exemplos de arquitetura moderna na Paraíba, na década de 40. Assim como de meu avô paterno, José Augusto Romero, escritor, colaborador de jornais e autor do livro Lições da Vida Maior, com crônicas inspiradas no Evangelho e na Doutrina Espírita, tendo sido presidente da Federação Espírita Paraibana por 44 anos consecutivos.

    Com meu pai, Carlos Romero, protagonizamos um caso inédito nas letras paraibanas, de pai e filho que escreveram simultaneamente, por quase 20 anos, em jornais e revistas paraibanos, assinando colunas semanais, a exemplo de A União, Correio da Paraíba, Contraponto e na revista Tribuna Espírita. Além de termos lançado livros de crônicas juntos, na mesma noite de autógrafos, e recebido comendas de reconhecimento pela contribuição cultural dada à cidade, igualmente na mesma solenidade, que teve lugar na Câmara Municipal de João Pessoa.

    Além do conjunto de contribuição singular às letras e às artes paraibanas, resumidos acima, existe grande afinidade na essência da linguagem e da mensagem que caracterizam a mesma forma de escrita registrada nas crônicas publicadas ao longo de todos esses anos, por mim e por meu pai, Carlos Romero. Esse perfil intelectual comum, assim como o lado afetivo que nos uniu em uma amizade profunda e especial, frequentemente mencionada em manifestações públicas de amigos e leitores, também me estimularam a concorrer à cadeira deixada por ele na Academia Paraibana de Letras. Esse era um desejo que ele confessava na intimidade, ao qual eu procurava não estimular porque implicava em nossa separação.

    Caso se concretize a sucessão a que me proponho, será o segundo caso na história da Academia Paraibana de Letras de um filho que passou a ocupar a cadeira do pai. Na sucessão do imortal J. Veiga Júnior, formou-se um grupo de acadêmicos que procurou o seu filho, jurista Gláucio Veiga, para propor que ele se candidatasse à vaga deixada pelo pai, como forma de homenageá-lo, elegendo-o posteriormente por unanimidade.

    Evidentemente que a questão hereditária entre mim e Carlos Romero é mera coincidência, considerando a nossa singular contribuição às letras e às artes paraibanas. Mas, é inegável que uma justa e merecida homenagem se prestaria ao saudoso imortal, caso os ilustres acadêmicos vislumbrem, além dos méritos que pude colecionar ao longo da vida, a possibilidade de me eleger para ocupar a sua cadeira. Afinal, era igualmente notória a afeição que meu pai desfrutava com todos os seus confrades, numa convivência extremamente respeitosa e fraternal, muitas vezes em minha companhia.

    Se Deus quiser, tudo isso terá o merecido peso na decisão criteriosa dos membros de uma das mais veneráveis instituições paraibanas.
    (Germano Romero)

  • Reply Abelardo jurema 30 de março de 2019 at 16:28

    Meu caro Tiao,
    Mais do que ninguém vc sabe que não sou “ um mero colunista social”. Começamos juntos, vc na redação do Correio e eu em O Norte. Sou seu contemporâneo é tão jornalista quanto vc, sindicalizado e no exercício da profissão há mais de 40 anos. Como vc, também sou advogado inscrito na OAB é Defensor Público aposentado. Sou autor de cinco livros sendo um deles Cesario Alvim 27 – Histórias do filho de um exilado, editado pela UFOB em duas edições. Quanto à APL, fui eleito pelo voto em eleições limpass E democráticas, vencendo dois nomes de peso nas letras da Paraíba, Evandro e Chico Pereira, ambos aptos a ocupar aquela cadeira. Cordialmente.

  • Reply Abelardo jurema 30 de março de 2019 at 16:31

    P.S. Lamento ter que fazer um reparo na nota do meu amigo Germano Romero: o fato dele e do seu amado pai terem escrito por tantos anos , simultaneamente, num mesmo jornal não se constitui em ineditismo. Por mais de dez anos eu e meu pai assinamos colunas em O Norte, ele no primeiro e eu no segundo Caderno.

  • Reply GERMANO ROMERO 31 de março de 2019 at 15:29

    Amigo Abelardo, permita-me reiterar o fato a que humildemente atribuo de ineditismo ocorrido com meu amado pai, no mundo das Letras. Não me referi a escrever com ele, assinando colunas apenas em um mesmo jornal. E, sim, a escrever crônicas em vários jornais, simultaneamente, alguns por mais de 12 anos ininterruptos, como n’A União e no Correio da Paraíba. Além do Contraponto e da Revista Tribuna Espírita, também por vários anos.
    O ineditismo também se estende ao fato de termos lançado livros de crônicas simultaneamente na mesma noite de autógrafos, além de termos recebido, na Câmara Municipal, medalhas e comendas pela contribuição cultural à cidade, também na mesma data e local. Esse ineditismo, pelo qual sou muito grato a Deus e ao meu pai, se deu, sobretudo, pela afinidade literária, estilística e na mensagem nela intrínseca, dirigidas aos leitores. Um forte abraço

  • Reply Germano Romero 31 de março de 2019 at 18:41

    Amigo Abelardo, li aqui o seu comentário a mim referido, “reparando” o que classifiquei como “ineditismo” literário entre pai e filho. Permita-me reiterar os fatos aos quais humildemente atribuo a expressão em epígrafe, ocorridos com meu amado pai, Carlos Romero, no mundo das Letras. Não me referi a escrever com ele, assinando colunas apenas em um mesmo jornal. E, sim, a escrever crônicas em vários jornais, simultaneamente, alguns por mais de 12 anos ininterruptos, como n’A União e no Correio da Paraíba. Além do Contraponto e da Revista Tribuna Espírita, também por vários anos.
    O ineditismo idem se estende ao fato de termos lançado livros de crônicas simultaneamente na mesma noite de autógrafos, além de havermos recebido, na Câmara Municipal, medalhas e comendas pela contribuição cultural à cidade, igualmente na mesma data e local. Esse ineditismo, pelo qual sou muito grato a Deus e ao meu pai, se deu, sobretudo, pela afinidade literária, estilística e na mensagem nela intrínseca, dirigida aos leitores. Desconheço, sinceramente, fato igual na nossa Paraíba, e talvez no Brasil.
    Fraternalmente,
    Germano Romero

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