Eleição Despudorada!

 

Por Chico Pinto Neto

O mundo amanheceu bem menor, neste 29 de julho, assim que divulgaram os números falsos e corrompidos das “eleições” na Venezuela.

Faltou vergonha e sobrou semvergonhice; faltou caráter e sobrou artimanhas; faltou respeito e sobrou patriotismo de um povo vilipendiado e sofrido.

A ratazana do Maduro, juntamente com a sua corja, composta por 2.500 generais, com as estrelas no ombro, de acordo com o tamanho da bajulação ao regime ditador; juízes corruptos membros de um Conselho Eleitoral composto por asseclas despudorados, tomaram na “mão grande” os votos oposicionistas, surrupiando à vontade do daquela nação.

Vergonhosa a forma como agiram. Usaram de todas as artimanhas para não soltarem o “osso” do poder.

Enquanto o seu principal concorrente, Edmundo Gonzales, um homem de 74 anos de idade, ex-embaixador do país, confiava nos resultados que lhes davam cerca de 70% nas pesquisas, na calada da noite, sem permitir o acesso de fiscais e faltando ainda 20% dos votos a serem apurados, declararam, como na vez anterior, a vitória do fascista sanguinário para mais seis anos de mandato.

Mais um sinal de que eleições só se ganha quem tem ao lado aqueles responsáveis pela apuração e divulgação dos votos.

Só ganha quem eles querem. Isso vem ocorrendo na maioria dos países da América do Sul e nas republiquetas de bananas africanas. Afora elas, a Rússia mantém no poder um ditador que manobra com mão de ferro o escrutínio eleitoral e se apega ao poder por infindáveis anos como se tivesse herdado o país.

No caso da Venezuela tomaram a eleição como se toma pirulito de criança. A oposição até à meia noite acreditava numa acachapante vitória e de uma hora para outra os números foram invertidos, sacramentando mais um mandato ao limpa botas do Chaves, outro ditador que chegou ao poder através de golpes e responsável por implantar uma ditadura na Venezuela, que perdura até estes dias.

O pior de tudo é que destruíram o país, acabaram com a sua economia e são responsáveis por uma nova Diáspora que soma mais de oito milhões de venezuelanos espalhados por este mundo de meu Deus.

Uma nação que, por força do seu petróleo, já foi considerada a quarta economia mundial, hoje os seus mandatários não têm caráter de ver os seus compatriotas alimentando-se de resto de comida catados nos lixões e aterros sanitários do país, enquanto que uma casta ditadora, tendo à frente o tal de Maduro, se banqueteiam com o que há de melhor e prazeroso às custas dos petrodólares que pertencem a povo da Venezuela.

É de se perguntar como os países que se dizem sérios, os órgãos tipo ONU e o “caralho a quatro”, permitem que um fato nojento dessa espécie ainda exista e fique por isso mesmo.

A única saída será a volta de Dom Sebastião e os seus cavaleiros seguidores, para dar um fim nessa putrefação funesta e real.

E a nós mortais, diante da nossa covardia, só nos resta resmungar e, de cócoras, feito sapo, aguentar solfejando o realejo que já pertenceu ao amolador de tesouras.