Marcos Maivado Marinho
Falta de boa assessoria, incompetência pessoal ou puro azar…
Uma dessas situações, ou mesmo as três juntas, fizeram hoje do pré-candidato a governador pelo PV, Lucélio Cartaxo, um verdadeiro BOLA FORA em Campina Grande acabando por revelar a desordem gerencial e de agenda do mano gêmeo do prefeito da Capital.
O pré-candidato veio cumprir compromissos previamente marcados por seus correligionários na cidade, um dos quais o risonho cicerone deputado estadual Tovar Correia Lima, e duas paradas contemplaram o calçadão da Cardoso Vieira e a Praça da Bandeira, locais estratégicos onde o trânsito de pedestres (eleitores) é intenso.
A parada inicial, entretanto, foi um erro inoportuno e descomunal levando o político a virar motivo de chacota quando ensaiou um ligeiro bate-bola com uma pelota de couro que lançaram aos seus pés sob as vistas eufóricas de Tovar e meia dúzia de entusiasmados assessores pagos para aplaudirem-no.
E aí o fator AZAR se confirmou porque as ‘embaixadas’ de Lucélio, que poderiam ter sido transferidas para a Praça da Bandeira, se deram exatamente na porta da lojinha do Treze, o Galo da Borborema velho de guerra que amarga a ressaca da humilhante derrota de ontem à noite em Fortaleza, quando foi abatido por 3 x 0 pelo Ferroviário no jogo de ida da decisão da Série D do Brasileirão.
O bate-bola virou BOLA FORA, parecendo insulto do candidato ao time, no que já pode ser avaliado como a maior falta de estratégia do seu inoportuno passeio pelo centro da Rainha da Borborema.
Eudeusado pelo sorriso fácil de Tovar e pelo ruidoso aplauso dos seus serviçais Lucélio nem desconfiou que estava sendo visto como espécie de BOBO DA CORTE tupiniquim, em solo de gente ousada e trabalhadora, que realmente não merecia seu insulto futebolístico em dia tão dolorido para a torcida do Galo.
Mesmo assim, largada a bola ele adentrou por estrear uma pauta de elogios a Municípios quando defendeu o fortalecimento das cidades a partir de parcerias entre as gestões estadual e municipal, em ácida crítica ao governador RC, que à sua ótica despreza tal prática.
“Os gestores municipais têm administrado as cidades sozinhos. Desde as grandes cidades, como Campina e João Pessoa, até os pequenos municípios, têm enfrentado dificuldades para estabelecer parcerias. Nós queremos virar esta página, mostrando que com união poderemos potencializar o desenvolvimento das cidades, trazendo melhor qualidade de vida à população”, disse ele para quase nenhuma platéia.
Cartaxo disse ainda que a união entre Estado e prefeitura vai tornar a Rainha da Borborema mais forte. “Quem investe em Campina, investe num futuro melhor para a Paraíba. E quem vira as costas para Campina está virando as costas para o Estado inteiro. Junto com Micheline Rodrigues (que sequer prestigiou a visita, alegando doença), vamos trabalhar em parceria e em sintonia com a Rainha da Borborema e com os 223 municípios do Estado”, apontou.
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