Cumprindo decisão da Justiça Federal que acatou uma ação promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) em Patos (PB), a Polícia Federal realizou nas primeiras horas desta quinta-feira (22), em vários municípios da Paraíba, e também no Ceará, a Operação Recidiva, para cumprir 15 pedidos de prisão e 28, de busca e apreensão. As buscas foram realizadas em residências e estabelecimentos comerciais, sendo oito em prefeituras paraibanas. Em todos os locais existiam documentos e bens de interesse da investigação. O objetivo da operação é impedir que o grupo criminoso inutilize ou destrua provas ou bens adquiridos com o proveito do crime.
A operação da PF de hoje, na verdade é continuação Operação Dublê, realizada em 2012 e a Operação Desumanidade, que aconteceu em 2015, o que revela a semelhança entre ambas. Literalmente, basta observar o significado da palavra recidiva (recaída na mesma falta). Durante entrevista coletiva, na manhã desta quinta-feira (22), o procurador da República, Tiago Misael, foi didático na resposta. Basta observar a relação de presos para entender bem do que se trata.
Vou ser mais específico e citar um dos exemplos em meio a vários. Em 2012, durante a operação dublê, foi preso o empresário Marcondes Edson Lustosa Félix (Duda). Ele era acusado de fraudes em licitações e nas execuções de obras em Cacimba de Areia e Catingueira. Três anos depois, no bojo da operação Desumanidade, foi preso o filho dele, Madson Fernandes Lustosa. Nesta quinta-feira, os dois foram presos preventivamente. E o curioso: suspeitos das mesmas acusações.
Os dois, pai e filho, integram a lista dos presos preventivamente pela Polícia Federal, na manhã desta quinta. Os outros suspeitos presos foram o advogado Charles Willames Marques de Morais, o economista Dineudes Possidônio de Melo (ex-candidato a prefeito de Patos), o vereador de Teixeira, Francisco de Assis Ferreira Tavares, e a assessora de projetos Diângela Oliveira Nóbrega. Outro que teve mandado de prisão preventiva decretado foi o empresário de João Pessoa, Joilson Gomes da Silva. Ele está foragido.
Além das prisões preventivas, decretadas, segundo o Ministério Público Federal para sessar a atividade delitiva, foram decretadas oito prisões temporárias. Elas têm duração de cinco dias prorrogáveis por igual período. Os alvos foram os funcionários da empresa Melfi Construtora, Octávio Pires Lacerda Neto e Ednaldo de Medeiros Nunes, além de José de Medeiros Batista (Caetano), Luiz Felipe Diógenes Bezerra (foragido), Naiane Moreira do Vale (da empresa MM, de Quiterianópolis), Josinaldo da Silva Alves (Biu Bento) e Sebastião Ferreira Tavares (irmão de Assis Catanduba).
A entrevista coletiva, em Patos, contou também com a participação do superintendente da Polícia Federal, André Viana; do delegado-chefe da PF em Patos, André Beltrão, e do superintendente da Controladoria-geral da União (CGU), na Paraíba, Gabriel Wright
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