1BERTO DE ALMEIDA
# Para não morrer de silêncio – o meu poetamigo POLÍBIO ALVES tem um verso entre os muitos e diversos seus que é um achado maravilhoso: “escrevo para não morrer de silêncio”. A propósito, para orgulho deste MB, o seu excelente livro A leste dos Homens é a ele – ao MB – dedicado. Pois é. Estou nessa fase de escrever para não morrer de silêncio. Mas e aí, meu bom Tião, vem um dos meus dois leitores dizer que este MB só fala em cinema, música, teatro, literatura e coisas da vida. Ah, e o etc que faltou. Acha pouco o sacana. Eu? Não. Acho é totalmente demais.
# – Vacina Covid – duvido que a maioria dos governantes e legisladores desta Casa de Mãe Joana ainda não tomaram ainda a sua a vacina contra o sacana do Corona. Se estou contra? Assim meio lá e meio cá. Afinal, este MB que é puto com essa coisa do “politicamente correto”, se estivesse mamando como eles nos peitos da vaca mãe gentil, a primeira coisa que faria era vacinar primeiros os seus – meus, no caso – e o resto que se lascasse com Mateus.
# – Quem tem monossílabo, tem medo – tenho monossílabo, Tião, e por isso tenho medo. A verdade é que ando – parado é a mesma coisa – puto com esses ex-crotos que do Corona se aproveitam para zombar da gente, dizendo” Eu tomo porque posso, e você que não pode vá tomar onde nós um dia tomamos”.
# – Os fura-filas – são muitos os fura-filas e sacripantas que se aproveitam dos cargos para nos deixarem, pobres mortais, sem “autoridade” para perguntar “Você sabe com que está falando? ”, no rabo da fila de uma gata prenhe e sem ideia de quem é o pai de seus filhotes. Não os nomearei, porque não é preciso. Mas a sacanagem não acontece apenas em alhures, lugar distante mais para casa de Mãe Joana que a do Pai do Carvalho. Acontece por aqui mesmo, pertinho da casa que um dia foi da “professora” Osana, e que trocando em miúdos é a mesma coisa.
# – Estação Ciência – faz pena ver o estado em que se encontra essa obra – nunca acreditei ser uma obra “somente dele” – de Oscar Niemayer que a capital da Parahyba “ganhou” desse genial arquiteto nos seus estertores. A obra – e que obra! – foi inaugurada em 2008, e ele, aos 104 anos, trocou de roupa e se mudou para outra cidade, em 2012. Repito: estava com 100 anos!
# – Essa estação é uma ciência! – todas às vezes que por ali passo, apressado ou passo a passo, Tião, me dá uma vontade da gota serena de acabar com seu – da Estação, Tião. – sofrimento, puxando a cordinha da descarga que deve estar escondida naquele mirante que hoje não passa de uma miração. Até quando, Tião, até quando? Tomara – já nos tomaram tanto – que esse quando não esteja tão longe. Mas vamos em frente.
# Martinho e Cardoso – a Covid, essa praga do século, seja esse Século qual for, está levando os meus amigos. Os nossos, Tião, os nossos. Dia 10 deste, esse craque na advocacia e principalmente no campo da música popular brasileira, José Cardoso, estaria aniversariando. Ah, os nossos papos? Infelizmente, por causa dessa praga, Tião, não Cardoso não mora mais aqui. E bom Martinho Moreira Franco, o muito bom Martinho, sujeito e jornalista excelentes, dono de um texto impecável, elegante, que só me chamava de 1 apenas 1? A praga também o levou. Os meus amigos não estão morrendo de overdose, mas de Covid. A minha solidariedade às famílias de ambos. Nada mais a dizer. Nem escrever.
# Simão Almeida – Mas para a felicidade geral dos amigos cagepianos, dessa ótima família da qual faz parte este MB, o bom diretor de Operação e Manutenção da CAGEPA, Simão Almeida, venceu esse mal, e muito em breve estará no “batente”, com a mesma competência, provando que o sertanejo, antes de tudo, é mesmo um forte. Saúde e paz, colega.
1 Comentário
Morrer de Covid é morrer de
overdose , sim. Só que de um
tipo diferente: overdose viral.
E essa não dar nenhum prazer,
só causa sofrimento.