Já que Flávio Moreira tem se apresentado como o mais autêntico entre os autênticos membros do PSB paraibano e, de peito inflado chama os possíveis discordantes do governador João Azevedo de traidores, vou contar aqui como se deu a saída dele do Partido Socialista.
Em primeiro lugar, convém dizer que Moreira abandonou o PSB nas eleições de 2018 para coordenar a campanha do senador José Maranhão ao Governo. Como bem lembra o paraibano, Maranhão disputou com João Azevedo e com Lucélio Cartaxo a sucessão de Ricardo Coutinho e ficou em terceiro lugar.
O que o paraibano não sabe ou não lembra é o motivo da saída de Moreira.
Segundo matéria publicada pelo insuspeito Marcone Ferreira em 28 de agosto de 2018, Moreira saiu do PSB magoado: “A mágoa não é com o governador do Estado, presidente de honra dos socialistas. Porém, dá sinais que seu problema é com o candidato socialista, verdadeiramente”.
Na mesma publicação, Marcone Ferreira informa ao distinto público: “Parte do princípio que defende a renovação política, que acha ser necessária e descreve que “João não é Ricardo” e recusa a votar “na suposta continuidade”.
Na matéria do portal Extra PB, também de 28 de agosto de 2018, Moreira é ainda mais explícito na carta que disponibilizou para a imprensa informando sobre a sua decisão de sair do PSB para não votar em João: “Ainda no escrito distribuído a setores da imprensa paraibana afirmou que votaria em Ricardo Coutinho, caso fosse ele o candidato a governador, mas sustentou que “João não é Ricardo” e complementou com um “não” a “suposta continuidade” do Governo”.
Até filosofou: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.
O professor Moreira esqueceu que nesses tempos de internet, as coisas ditas e publicadas ficam no ar.
1 Comentário
A internet tem desmascarado muitos. Mas como o meio político é muito prostituído, as máscaras são mudadas conforme o carnaval.