opinião

Fundo do poço? Walber Virgulino e advogada Nevita Luna expõem criança a “julgamento popular”

28 de abril de 2020

 

 

POR FLÁVIO LUCIO VIEIRA 

 

O deputado estadual Walber Virgulino e a advogada de Pâmela Bório, Nevita Luna, passaram de todos os limites éticos e falta de decoro.

Os dois envolveram Henri Bório Coutinho, uma criança de 10 anos de idade, num fraudulento “julgamento popular”, com evidentes intenções de exploração política do caso, bem como para constranger a Justiça paraibana.

Em vídeo postado nos stories do Instagram da advogada Nevita Luna, o deputado estadual bolsonarista chama Pâmela Bório de “correligionária”, para deixar claro o tipo de solidariedade que está em jogo. E de “sistema podre” os esforços que visam fazer valer a decisão, que a ex-primeira dama se recusa a cumprir, de entregar Henri ao pai Ricardo Coutinho. Pâmela Bório foi julgada pelo o grave crime de alienação parental.

Walber Virgulino claramente atenta contra o decoro parlamentar ao explorar de maneira tão rasteira um caso familiar, que envolve sofrimento e dor de todos os lados, além de expor uma criança de 10 anos de idade. Virgulino que é tanto um declarado adversário político do ex-governador, como correligionário de Pâmela Bório.

No caso da advogada Nevita Luna, surpreende que alguém cujo maior compromisso deveria ser com o cumprimento da Lei e o respeito à ética da profissão a qual abraçou, comportar-se de maneira tão questionável. Onde está a OAB e a sua Comissão de Ética? Uma advogada da qual se suspeita de cumplicidade no sumiço criminoso de uma cliente para evitar cumprir uma sentença judicial, ainda se presta a cumprir papel tão deplorável como esse. A “pesquisa” sugerida é, além de uma clara provocação política, tem a intenção de constrager a Justiça paraibana.

Aliás, como a advogada marcou o perfil do TJPB em sua postagem, consultei um advogado sobre o fato – por razões óbvias prefere o anonimato. A resposta é que Nevita Luna cometeu o crime de exploração de prestígio, que está definido no Código Penal. A advogada tenta usar a “opinião pública” com a intenção de influenciar a reversão da decisão judicial na instância superior.

Quantos crimes veremos ser cometidos até que alguma atitude seja tomada

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1 Comentário

  • Reply Angela 28 de abril de 2020 at 09:15

    O Sr. deputado, se já foi delegado também é formado em Direito.
    Ambos , ele e advogada em questão,
    cometeram um gravíssimo erro.
    Ela deveria ser punida pelo Comissão de Ética da OAB.
    Ele, como deputado, quebrou o decoro parlamentar, e cabe à ALPB as devidas providências.
    E como cidadã e cidadão comuns infrigiram a lei e o ECA.
    Que péssimo exemplo eles deram!

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