“Eu jamais vazei qualquer tipo de documento. Sequer tive acesso a documentos que constam dessa investigação. E se esse documento vazou, como foi apresentado ontem (terça-feira, 29/10) numa emissora de televisão, que a Polícia Federal investigue e tome as providências”, afirmou o governador, em entrevista coletiva nesta quarta-feira.
Witzel ainda se eximiu das afirmações do presidente de que estaria “conduzindo” o inquérito policial. “Conhecereis a verdade e ela vos libertará”, disse o governador, que manifestou o desejo de receber desculpas de Boslonaro. “Espero que o presidente reflita. Assim como ele divulgou um vídeo na internet que ofendeu a nossa Suprema Corte, pedindo desculpas, ele deve desculpas ao povo do estado do Rio de Janeiro”.
O governador carioca garantiu que não manipula o Ministério Público nem a Polícia Civil. “Isso é absolutamente inadequado e contrário às instituições democráticas. A polícia civil no meu governo tem independência, o Ministério Público tem e sempre terá independência. E infelizmente eu recebi com muita tristeza essas levianas acusações.”
Witzel reagiu dizendo que o comportamento de Bolsonaro demonstra um “descontrole emocional”. “Lamento que o presidente tenha, num momento, talvez, de descontrole emocional, num momento em que ele está numa viagem, não está talvez no seu estado normal, tenha feito acusações sobre a minha atividade como governador”, disse. “Eu tenho 17 anos como magistrado. E em toda a minha carreira como magistrado eu sempre prezei pelos princípios constitucionais. Jamais vazei qualquer tipo de informação, seja como magistrado, seja como governador”, acrescentou.
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