Marcos Maivado Marinho
Com entusiasmadíssima apresentação do jornalista Luiz Torres, que foi secretário de Estado da Comunicação Institucional do Governo Ricardo Coutinho, a quem jurava amor eterno e amizade indissolúvel, e nos estúdios da televisão (TV Arapuan) que mais verbas públicas recebeu no período em que ele mandava nos cofres da SECOM, os cantores Capilé e Fuba entoaram anteontem o que se pode chamar de “afronta” aos envolvidos na Operação Calvário – uma marchinha que usa a operação policial como pano de fundo para os paraibanos caírem na folia.
Apelidada de Hino da Calvário, a letra da marchinha embora insossa e com pouco ritmo foi produzida ao molde de Ricardo Coutinho. “Eu vi teu nome da delação, eu vi teu nome escrito no jornal, saiu com a mala cheia de dinheiro, tu pode até ser preso e eu brincando o carnaval”, insiste o refrão.
Nas redes sociais a repercussão até agora tem sido negativa, principalmente em relação a Luiz Torres, que ao deixar o Governo do Estado aboletou-se exatamente no Sistema Arapuan que irrigara de dinheiro, ganhando lá um cargo de diretor para dizer que é seu.
– “O ‘hino da Calvário’ não cabe no manequim de Fuba/Luís Tôrres e assim pegou mal; Capilé já era contra, aí é compreensível”, disparou em seu portal na internet o multimídia Walter Santos.
– “Esse Luiz Torres nunca me enganou.Capilé nunca cresceu no meio artístico porque optou em ser ‘capacho’ de Cunha Lima”, postou o internauta José Florentino Toscano.
– “Uma música de botequim de quinta categoria…”, classificou Euzivan Lemos.
– “Muita covardia dessa turma. A história restabelecerá a verdade”, disse o internauta José Gonçalves.
CONTRADIÇÕES E INGRATIDÃO
Profundo conhecedor das entranhas do setor cultural paraibano, o jornalista Walter Santos publicou no WSCOM extenso comentário onde identifica “contradições e ingratidão” de Fuba e Luís Tôrres.
Diz o colunista que antes de tudo é preciso assegurar a liberdade de opinião, mesmo assim em que pesem todos os dados expostos onde não é recomendável antecipar sentença diante de rumoroso caso em que o acusado – Ricardo Coutinho – ainda não expôs sua defesa.
“Na regra básica do direito e da vida, enquanto é garantida a expressão de defesa seja de quem for, imaginem a figura da dimensão de RC, tudo pode ser exagero antecipado e agressão desmedida, sobretudo por se tratarem de casos com evidências e inconcluso, mas envolvendo “ex-grandes aliados do ex-governador Ricardo Coutinho”.
Walter avança mostrando “QUEM É QUEM NO CONTEXTO”.
Segue abaixo:
“O vídeo circulando na mídia apresenta Luís Tôrres como mestre-de-cerimônia de uma catarse e/ou deslumbre da morte morrida e matada de RC que não cabe neste tempo de intolerâncias.
Luís Tôrres, particularmente, poderia ter se poupado porque há bem pouco tempo atrás era o homem de mais absoluta confiança de RC. Se tudo isso é verdade, para que ser cerimonial do hino da morte?
O mesmo dir-se-ia de Mestre Fuba, pessoa muito talentosa, mas que se perdeu na condução dele na politica porque foi o responsável pelo engajamento do bloco na construção de RC, daí a crise posterior ao levar o “Muriçocas do Miramar” à campanha até chegar ao rompimento porque dois bicudos não se beijam”.
Já “O CASO CAPILÉ” Walter analisa sob outro contexto.
Vejamos a seguir:
“Ao final, em tudo resta a autenticidade de Capilé que, como autor do melhor hino político das eleições paraibanas na campanha de Ronaldo Cunha Lima, ele deixou a primazia de viver da música privada como ótimo artista para ter as benesses de um tempo trucidado por Ricardo Coutinho. Daí o compreensível troco.
Seja como for, tudo não passa de um teatro de tragédia humana tabajara, onde o valor da traição humana não tem preço.
4 Comentários
Se a intenção de algum deles é de captação de votos para a próxima eleição municipal, o dito cujo pode ter dado um tiro no próprio pé.
Acabou de mandar um recado direto para os eleitores: eu sou traíra, não vote em mim!
Traidor e, para mim, a figura mais amorfa e abjeta da espécie humana.
Ricardo saíra de tudo isso bem maior do que entrou e esses dois serão lixo da história.
Muito sério , um secretário que repassou muitos recursos para uma empresa e depois pede demissão e vai trabalhar na mesma empresa.Acho que seria mas uma linha a ser investigava. Isso dito por Tião que foi o sub secretário.Muito sério.
Luis Torres um lixo, os outros dois nem sei quem são…