Por mim o arroz pode subir ao céu que não ligo. Não gosto de arroz. E meu endocrinologista, Doutor Bacalhau, me disse que arroz é sinônimo de açúcar.
Fui criado comendo feijão com farinha. Arroz, só do Piancó e assim mesmo nas festas. Mamãe fazia o feijão com osso de corredor dentro, a gente comia com tanto gosto chega a graxa descia pelos cantos da boca. E ainda tinha um cuscuz de milho moído no dia para arrematar.
O problema não é o arroz, é o resto.
Na escalada de preços vai entrar tudo.
O feijão já subiu. Esta semana custava quase 10 reais na vendinha da Chã do Lindolfo.
E a carne?
Um quilo de costela se aproxima dos 30 reais.
Daqui a pouco o pobre só vai sentir o gosto da carne quando morder a língua. Ou senti-la no tato quando agarrar a trouxa.
Voltamos à era Sarney. Os mais velhos lembram. A carne sumiu das tarimbas e só conseguia comprar quem chegasse de madrugada na feira e tivesse disposição para enfrentar o açougueiro arrogante, com jeito de rico, avisando que só atenderia a quem estivesse na fila.
Naquela época a inflação chegou a 85 por cento ao mês.
O ministro Mailson da Nóbrega era o Paulo Guedes da Época. Fracassou.
Botam a culpa no coronavírus,mas eu diria que o corona tem culpa relativa. Se o presidento quisesse, enquadrava a turma. Lula enquadrou. FHC enquadrou. Itamar comia priquito de noite e de dia enquadrava os sabidões. Bolsonaro nem isso. Só fala em cloroquina e em Trumper. Até parece…
E hoje nem matar preá a gente pode. As “leises” não permitem. São animais ameaçados de extinção. Antigamente um preazinho quebrava o galho. Ou uma rola cafôfa assada na brasa. A gente comia com osso e tudo.
Agora, nem osso sobrou.
Estamos lascados do primeiro ao quinto.
E os bestas chamando o homem de mito.
3 Comentários
Rôla cafôfa assada na brasa para tirar gosto da cachaça. Comi muito no bar de Birino aqui no Jatobá em Patos. Era muito ótimo demais.
EU ACHO È POUCO…………….KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Um presidente que passa o tempo só se preocupando em passar pano para as ilicitudes da família, e em satisfazer os desejos do mercado, não tem condições de fazer nada de bom pelo país, e nem pela população.