opinião

        I N C U L T U R A S

18 de junho de 2023

 

Edmundo dos Santos Costa

      Mundim da Santa Tereza

Nunca vi ou ouvi alguém dizer, ser algo bom, próprio da cultura do brasileiro. Salvo a incultura da cordialidade servil e, como já dito, o servil é um ser vil.

          Quando se fala em corrupção, logo aparece um “ixpecialista” para asseverar que a dita é um corolário componente do acervo cultural brasileiro.

Aliás, já faz parte da incultura brasileira, palpiteiros de quaisquer “tonalidades”, referindo sobre tudo, serem batizados de especialistas.

Os de-formadores de opiniões, proliferam e fazem sucesso desinformando e criando as respectivas convicções inabaláveis.

Há tempos o cantor Falcão, perguntado sobre as motivações do seu sucesso, respondeu: “o brasileiro gosta de merda”.

O bípede implume que gosta de merda está contido dentre os praticantes das inculturas brasileiras.

O “homem de bem” e de “família” não pega fila. Trata-se de elemento que faz parte da tradicionalidade “incultural” do lugar onde comete a grosseria e expõe a incivilidade que transborda do seu inútil ego.

Estaciona sobre a faixa reservada aos pedestres, ligando o sinal de alerta, alertando quem passa sobre seu avançado estado de putrefação incultural.

Constroem rampas de lançamento para subida dos seus carrões, sobre as calçadas, obstruindo a passagem de pedestres sãos ou enfermos, tudo sob a guarda da cultura auspiciosa. Os “donos” do lugar, como lhes é bem próprio, dizem que o mau hábito faz parte da “cultura” local. De culturas coxas e oportunistas, deitam-se na merda com os porcos e comem com eles em seus cochos.

Comprar e vender votos, cantar aboios para juntar o gado eleitoral perdido nos escaninhos da usura oportunista e da ignorância planejada e implementada com perícia e maestria, constituem elementos e fenômenos da incultura nacional.

Todavia, disse Taine que a “suprema caridade consiste em reconhecer que o erro e o pecado não são filhos da malícia, mas da ignorância”.

          Digo, mesmo quando a ignorância é planejada, pois só um debiloide pode cogitar e planejar a ignorância que, mais cedo ou mais tarde, também o atingirá, se já não o fez.

 

 

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