O juiz brasileiro que combateu a corrupção e ajudou a preparar o caminho para a impressionante vitória eleitoral de Jair Bolsonaro no domingo, ao prender seu principal rival (Lula), aceitou um cargo no governo do presidente de extrema-direita”.
O Guardian ouviu o editor-chefe da Americas Quarterly, Brian Winter, apoiador de Sergio Moro que descreveu a decisão do juiz como “questionável”:
“Algumas pessoas vão usar isso apenas para destruí-lo – incluindo algumas pessoas que já eram fãs dele. É inevitável.
A narrativa de um juiz que prendeu Lula e depois conseguiu um emprego no governo de seu oponente será muito atraente para algumas pessoas resistirem.
E suspeito que ele saiba disso e suspeito que ele acredite que os benefícios sejam maiores que os riscos (…). Eu acredito em Sergio Moro. Eu conheço Sergio Moro. Mas sua decisão hoje o torna muito mais difícil de defender politicamente”, disse Winter.
Os também britânicos Financial Times e The Times estamparam, respectivamente,
“Bolsonaro nomeia juiz que ajudou a prender Lula” e
“Bolsonaro promete emprego sênior para o juiz que prendeu o seu rival”.
Enquanto que a BBC: “Sua nomeação (Moro) deve alimentar alegações de que sua investigação antifraude foi politicamente motivada”.
Já a ABC, da Austrália, publicou reportagem da AP com o título
“Grandes riscos em juiz Moro se tornar ministro da Justiça do Brasil”;
Enquanto que o francês Le Monde destacou
“No Brasil, as ambiguidades do juiz anticorrupção Sergio Moro com a extrema direita”, com texto que questiona: “Será que foi por ter emprisionado o líder da esquerda brasileira que o magistrado será recompensado por Jair Bolsonaro?”.
6 Comentários
Aceitem a derrota que dói menos! O PT roubou e está pagando por seus crimes, pronto.
Esse rapaz fez a dama da justiça perder o equilíbrio nas decisões, retirou definitivamente o lenço dos olhos e pendeu para a direita. Cuidado para não cair!
Ele está seguindo o mesmo caminho daquele juiz italiano da operação Mãos Limpas. O outro também
se imaginou o “ultimo biscoito do pacote”, e no final quebrou a cara.
Ao aceitar o tal convite, ele só deixou claro que o compromisso dele é com seu próprio projeto, e que
a Lava Jato foi só um instrumento de empoderamento para ele.
Como ministro ele terá a PF sob seu comando, certo? Então, a partir de 1º de janeiro ele vai dar novos
telefonemas para dar orientações sobre o destino do Temer e sua turma, como fez com o Lula?
Ou vai concordar com a nomeação do Temer e sua turma para serem embaixadores?
Para mim não foi surpresa, nem o convite, nem a “descoberta” da sua faceta de politico.
Agora, cá entre nós: em que planeta o Ciro Gomes vive, hein? Como pode só agora sacar
que o Moro é um politico encarnado em juiz? Me poupe!
No fundo o Ciro já estar querendo fritar um provável concorrente para 2022.
Na verdade, o Ciro não deveria nem se preocupar por que não vai demorar muito para
o próprio JB, ou quem estiver no governo, cortar as asas do Moro e impedir o sonhado voo
dele em direção ao Planalto.
Ele não devia ter aceito, nada contra a sua atuação na LJ, e sim por causa de ter que colocar todo o trabalho feito em duvida.
Moro poderia continuar prestando serviço a nação na LJ.
Não que seja ilegal, mas é no minimo “estranho”
Para completar, o Mourão disse que esse convite tinha sido feito a muito tempo.
é que existe no Brasil pessoas que a teimam em acreditar em santos dos pés de barro.onde há dinheiro,puder e corrupção caminham os que pensam e enxergam diferente ou querem se enganarem ou são uns sonhadores.
Parece que, na ocasião, Sua Santidade da República de Curitiba, juiz sérgio moro, teria também declarado: “jamais condenaria alguém sem provas”.
E, fiel aos seus princípios, condenou Lula sem provas…
Quem duvida, leia a sentença na íntegra acessando
https://veja.abril.com.br/politica/veja-a-integra-da-sentenca-de-moro-que-condenou-lula/