Mesmo após assumir o cargo no Planalto, o publicitário continua como principal sócio da FW Comunicação e Marketing, que tem contratos com pelo menos cinco empresas que recebem verbas do governo. As informações são da Folha de S.Paulo.
A legislação proíbe integrantes da cúpula do governo de manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões, prática conhecida como conflito de interesses. Caso o benefício indevido seja comprovado, o ato se caracterizaria como improbidade administrativa, que pode levar à demissão do cargo.
A Secom é responsável por definir a destinação da verba de propaganda do Planalto, além de ditar regras para as contas dos demais órgãos federais. Só no ano passado, a secretaria gastou R$ 197 milhões em campanhas.
Entre as empresas que recebem dinheiro do governo por meio da Secom e também têm vínculos com a FW estão as emissoras Record e Band, que viram suas participações na verba publicitária do governo crescer no governo Bolsonaro.
Em 2019, a Band gastou R$ 109 mil no ano com a FW em serviços de consultoria. O valor mensal do vínculo, R$ 9.046, corresponde à metade do salário do chefe da Secom, que é de R$ 17,3 mil.
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Se fosse o em outros governos, as rasgas mortais, os mala cavados das desgraças desse país estavam soltando pedidos de alegria e fazendo a festa nos portais. Mas, como é as safadezas do mito deles, tudo bem, tudo normal.
ESTE É O “BRASIL NOVO” COM “NOVAS CONDUTAS” SENDO IMPLEMENTADAS POR “HOMENS DE BEM”. SÃO OS “PATRIOTAS” , OS DONOS DAS COMUNICAÇÕES E DE RELIGIÕES, DANDO MOSTRAS DE COMO PRODUZIR RIQUEZAS,PARA SI, ÀS CUSTAS DOS MEROS OBRIGADOS A PAGAR IMPOSTOS E A VOTAR. POR OUTRA BANDA OS CHEFES RELIGIOSOS,COM SUAS PODEROSAS EMPRESAS DE”COMUNICAÇÃO”, VERDADEIRAS FÁBRICAS DE IDIOTAS E MENTALMENTE AMACIADOS, CONSTITUÍDOS EM FIÉIS … FIÉS CLIENTES QUE PAGAM, TODO DIA, POR UMA “MERCADORIA” QUE NUNCA SERÁ ENTREGUE,SÃO OS CONSTRUTURES DE UMA PROMETIDA PÁTRIA CELESTIAL, ENQUANTO ACUMULAM RIQUEZAS NA TERRA.
MACEDO, SS E BAND ABOCANHAM AS VERBAS DO GOVERNO BOLSONARO
Por Fernando Brito
Se o Brasil tivesse ainda um Ministério Público, a reportagem da Folha sobre o fato de que Fábio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, continua com seus negócios privados com emissoras e agências de propaganda com as quais trata, em nome do Estado brasileiro, de negócios, além do sujeito ser expelido do cargo, por intolerável desvio ético, o Brasil estaria discutindo agora o inexplicável favoritismo que a Record e a Bandeirantes têm na distribuição da publicidade estatal.
Não há qualquer justificativa técnica ou econômica para a assimetria na distribuição de verba publicitária, ainda mais quando ela é – ou deveria ser – de utilidade pública.
Goste-se ou não da Globo, mostram que ela – embora em processo contínuo de queda, ainda tem pouco mais da metade da audiência.
Custo, em publicidade, mede-se basicamente pelo número de pessoas que visualizam a mensagem. Claro que pode haver variações pelo recorte de público que se quer alcançar mas não, como nos números levantados pela Folha, uma diferença tão grande nas destinações de verba.
Ou mesmo uma política de incentivo a quem se propusesse a fazer televisão sem baixarias e mundo-cão.
Mas não com este nível de distorção.
A participação da emissora do bispo Macedo e a da de Sílvio Santos, proporcionalmente à audiência, é pelo menos o quádruplo da que tem a emissora dos Marinho. A da Band chega a ser, sempre na proporção, seis vezes maior.
Imaginem se metade disso estivesse ocorrendo num governo petista. Estaríamos diante de editoriais furiosos, apresentadores vociferando e, claro, de promotores expeditos exigindo que prevalecesse a “mídia técnica” na programação publicitária do Governo Federal.
Mas com Bolsonaro, vale o “quem quer dinheiro?” o um espírito nada santo que bate palmas para quem põe a mão no bolso.