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Já dizia o poeta, “a humanidade é desumana”. Prefeitura da capital prova que tal afirmação é verdadeira.

26 de setembro de 2018

Por: Aldo Ribeiro

Gestão humanizada.” Abrir diálogo com o povo.” Cimento sem sentimento”. Melhorar o que está funcionando, fazer o que não está sendo feito.”

Essas são algumas das frases feitas que a “jenial” assessoria do gêmeo irmão do prefeito da capital, tentou e ainda tenta incutir no inconsciente coletivo dos cidadãos paraibanos. Afora a brega e desprovida de pouquíssima imaginação “cimento sem sentimento”, as outras frases até poderiam ter alguma relevância se o que grupo dos Cartaxo tivessem ao menos a capacidade de alinhar discurso e prática. Ocorre que isso não acontece. Já conversamos em outros artigos. Várias sinalizações da “sonsice” dos mesmos em sempre tergiversar pra onde lhes é mais conveniente. Que se dane o pula pula de partidos com tendências antagônicas. Que se dane os companheiros históricos ou de ocasião. Que se dane a coerência.

Mas o que mais me chama a atenção no meio dessas frases feitas, é a tal da “gestão humanizada”, seguidamente proferida pelo gêmeo quando interpelado. Senão, vejamos:

Escutei, no início da tarde de hoje, numa rádio da capital, a notícia de que as famílias despejadas meses atrás de um condomínio do Bairro das Indústrias, ainda encontravam-se alojadas numa praça do bairro, abandonadas pelo poder público, sem a mínima condição de sobrevivência humana. Adultos, crianças e idosos jogados ao léu, sem água, sem condições de higiene e aguardando um pouco que seja de “humanidade” do prefeito Luciano Cartaxo. Companheiros, vocês tem noção do que é um pai ou uma mãe de família estar há quase três meses na condição humilhante de não ter um teto pra amparar seus filhos? Expostos a sol, chuva e todos os perigos da noite? De não ter uma resposta rápida e efetiva do poder público competente? Confesso que quando escutei tal notícia, fiquei surpreso, pois tinha a certeza de que, dado a condição sub humana, essas famílias já estavam devidamente alojadas dignamente, aguardando o desfecho dessa lamentável situação. Mas não, a humanidade da prefeitura que o gêmeo tanto conclama como referência, age desumanamente. Reparem bem, lá se vão três meses. Crianças e idosos ao relento em barracas montadas numa praça.

Dito isso, percebam como existe uma distância abissal entre o que se fala, e o que se faz. Percebam que o novo, não passa literalmente de uma cópia de algo que na verdade é velho, dúbio e com uma trajetória cheia de incoerências. Onde está a retidão? “Cadê a humanidade em você?”

Insisto. Não se enganem. Novos atores, velhas práticas.

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