Segundo a Bíblia, Jesus apreciava um bom vinho. Não era vinho desses que gente importante da Paraíba paga os olhos da cara por uma garrafa em viagens pelo exterior, mas fazia o mesmo efeito.
Tem a parábola da festa de casamento, onde o vinho faltou e Jesus mandou a mãe dele abrir os potes cheios da água que virou vinho. E do bom.
Deve ser por isso que a turma castiga no mé durante as confraternizações natalinas. É vinho branco, é vinho tinto, é vinho rosé, tem até vinho de jurubeba indiano de cor escura e de ressaca incrível. Mas tudo em nome do espírito natalino, aquele que manda beber vinho e outros líquidos de semelhantes efeitos.
Claro, naquela casinha perdida nos ermos da favela o vinho é substituído pela papuda de 1 real o burrinho. E talvez seja ali, na simplicidade da pobreza, no chão cheio de estrelas e no teto repleto de buracos que Jesus se faça presente de verdade.
Porque ele escolheu nascer num estábulo junto com burros, jumentos e ovelhas cantantes.
Como filho de Deus ele poderia ter optado pelos palácios dos Malafaias da vida ou pelas pistas dançantes dos crentes da moda, mas não, ficou com a singeleza do estábulo e com a adoração dos pastores. Achando pouco, escolheu entre pescadores os 12 homens que o seguiriam e pregariam sua palavra depois da sua morte.
Jesus nasceu pobre e optou pelos pobres. Não desprezou a riqueza, claro, mas não aderiu a ostentação das madames festeiras, dos reverendos do luxo ou dos padres de unhas feitas.
Eu sou fã de jesus Cristo. Sou fã de carteirinha, com Ele converso todas as noites. Tenho-o como o amigo que nunca me deixa na mão, como o irmão que não me troca por outros amores e como o pai amoroso que nunca me falha.
E sabem por que?Ele é gente como a gente, não censura os defeitos e compreende as nossas falhas.
E gosta de vinho.
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