Por: Aldo Ribeiro – Economista e Progressista
Em tempos cortes e recortes de conteúdo, reducionismos, bolhas ideológicas e mercantilização da informação no seu nível mais alto (ou seria mais baixo?), muitas vezes deturpadas ou simplesmente mentirosas, é necessário observar de cima alguns movimentos seja na política, seja na vida.
Essa semana finalmente saiu pesquisa eleitoral na Paraíba. Não conheço o instituto, não sei quem a contratou, mas sabemos que pesquisas aqui na PB, salvo raras exceções são feitas “ao sabor do cliente”. De qualquer forma não deixa de ser preocupante para o atual governante. A inoperância e a falta de identidade de sua gestão talvez possam justificar seus números na tal pesquisa. Conclui-se que havendo 2º turno, dificilmente o governador será reeleito.
Mas me chamou mais a atenção a pesquisa do Instituto Quast na Bahia. Estado nordestino com o 4º maior colégio eleitoral do pais. O fator Lula do qual falamos em alguns textos publicados aqui, poderá ter um peso fundamental na eleição estadual de lá. Percebam os números da pesquisa:
Estimulada Espontânea
ACM Neto (União Brasil): 61% ACM Neto (União Brasil): 16%
Jerônimo Rodrigues (PT): 11% Jerônimo Rodrigues (PT): 6%
O primeiro fenômeno que observamos nos números acima, é a queda vertiginosa do ACM Neto quando analisamos a pesquisa espontânea. Adicionemos agora o tal fator Lula, ainda considerando a pesquisa espontânea: 67% do eleitores ainda não sabem em quem vão votar, mas quando esses eleitores tem o conhecimento de que Lula pode apoiar o candidato do PT, este sobe pra 38% das intenções de voto, enquanto que ACM Neto cai para 43%. Ou seja, temos um empate técnico meus caros.
Essa eleição será mais do que nunca verticalizada. E levando-se em conta as características de estado, região e eleitorado na Bahia, parecidos com nossas características sociais e econômicas, num cenário muito mais adverso do que o candidato de Lula aqui na Paraíba, Veneziano Vital do Rêgo, não é difícil concluir que a tendência de crescimento do ex-cabeludo é muito grande. Sem contar as lideranças estaduais à exemplo do ex-governador Ricardo Coutinho e o ex-prefeito Luciano Cartaxo.
O fator Lula na Bahia inevitavelmente reverberará aqui na PB. Resta saber com qual intensidade, mas reverberará. Daí a dificuldade do atual governador. Precisa de um palanque forte, e não tem pra onde ir. Paga por sua traição política, e sobretudo ideológica, do povo que o elegeu.
“Afinal que é a peça, e quem é o jogador? De quem era o coração conservado em isopor?” Eis a pergunta.
Marcelo Arruda, presente!
4 Comentários
Tu é um comédia Tião…sem saber o que dizer com Vene em 4….passou três dias pensando pra ver o que diria aí vem com essa kkkkkk…. dessa vez o colega se superou kkkkk
O cancão vai piar
Vou de Lula, Veneziano e Ricardo Coutinho
Se fosse por pesquisa, Ricardo não tinha ganhado uma: o resultado delas era sempre um calvário.