João Lobo participa da Exposição multinacional “do outro lado”, em Lisboa

A abrupta condição de clausura imposta pela pandemia encerrou as galerias. Restam-nos as artes públicas. Seguindo esse pensamento e contornando o (incontornável) tema sobre coronavírus e todas as suas variáveis, a Art Dispersion, com o inexcedível apoio da JCDecaux, promove através de outdoors espalhados pela cidade de Lisboa a exposição fotográfica “do outro lado”. Os grandes painéis mostram imagens de 12 artistas de Portugal, Argentina, Brasil, Espanha e Moçambique. Este projeto contou com a curadoria de Bruna Lobo e a participação do Instituto Moreira Salles.

Na imagem “Selfie Me” de João Lobo, podemos ver o ser humano contemporâneo em seu auge, a imagem do momento de uma selfie, é a relação do homem com suas invenções. Hoje, tirar fotografias é um modo de atestar uma experiência voyeurista. Ainda acreditamos que é a prova incontestável de nossa existência na terra.

A exposição “do outro lado” é simples. É aquela nossa esperança de encontrar tudo aquilo com que sonhamos do outro lado, como nos lembra o verso de Fernando Pessoa (1933) “Tudo é do outro lado”. Sabendo desse nosso humano e inocente fascínio pelo outro lado, a comunicação por meio do outdoor coloca aquilo que está distante, próximo do nosso olhar curioso pelo que só pode existir do outro lado.

Os artistas participantes são: Alberto Natan (Argentina), Bruno Veiga (Brasil), Eugenio Ampudia (Espanha), Evandro Teixeira (Brasil) Filipe Branquinho (Moçambique), João Lobo (Brasil), João Ferro (Portugal), João Miguel Barros (Portugal), Maria Mergulhão (Portugal), Rodrigo Bettencourt Câmara (Portugal), Teresa Palma Rodrigues (Portugal), Thales Trigo (Brasil).