Não adianta esconder, a cidade de João Pessoa vive um clima de violência nunca visto. E olhem que estou por aqui faz tempo, muito tempo, tempo demais.
Quadrilhas disparam no meio da rua, o pipoco das armas parece o festejar dos fogos juninos. E os assaltos, seguidos de morte, estão se tornando corriqueiros.
Assassinatos, então, viraram lugar comum.
Os caras chegam em duplas, metem bala na vítima e ao delegado só resta dar entrevista à TV narrando o acontecido e dizendo que vai levantar a vida pregressa do defunto, como se passado de defunto tivesse alguma valia.
Ontem, na Praia do Sol, um policial de folga foi abordado por dois assaltantes. Reagiu e matou os dois.Mas ficou preso na praia, sem poder sair, porque o resto da quadrilha o cercou e estava disposta a se vingar, nele e nos dois filhos que se encontravam trancados no carro.
Ele ainda pediu socorro pelo rádio, mas o socorro não chegou. Foi salvo pelos colegas de armas e fardas, que mesmo de folga acorreram ao local e o tiraram de lá.
E não é só João Pessoa.
Patos está dominada pelos bandidos, o sertão revive os tempos de Lampião e Campina Grande, que é grande em tudo, também está bem maior no quesito violência.
A Polícia finge que protege, o povo finge que acredita e a bandidagem festeja.
Lembrando que o ano está apenas começando.
Sem Comentários