Jornalista agora é artigo de luxo, mas antigamente…

Li o artigo de Wellington Fodinha sobre a honestidade de Martinho Moreira franco e assino embaixo.

Martinho entrou e saiu de Governos com as mãos limpas.

Entrou pobre e saiu pobre, como convém a quem é honesto.

Conheço outros. Gonzaga Rodrigues nunca passou do que é, embora tenha sido secretário de Prefeitura e secretário de Estado.

Barretinho, que Deus o tenha, foi diretor de tudo quanto é órgão e só tinha um carro pra andar.

O neguim Aguinaldo, que foi secretário de Ronaldo, tinha uma casa financiada e um carro usado.

Frutuoso Chaves tem o mesmo padrão de vida que tinha em 75 quando o conheci, mas foi quase tudo na comunicação paraibana.

E o que dizer de Rubens Nóbrega, de Marcos Maivado Marinho, de Abelardo, de Geordim, de Fred, de Kubi, de Malvino, de Maurilio, de Dom Gigio , de Edmilson Lucena, de Carlos César Muniz, de Zé Euflávio, do próprio Wellington Fodinha, de Miguezim Lucena, de Edson Werber, de Nonato Guedes, de Biu Ramos, de Evandro Nóbrega, de Teócrito Leal, de Nathanael Alves, de Werneck Barreto, de Abmael Morais, de Chico Pinto, de Zé Duarte e de tantos outros que fizeram da profissão um sacerdócio e a viveram, muitos ainda a vivem, de forma franciscana?

Os ricos da imprensa surgiram depois. Chegaram como furacões que tomam conta de tudo e a tudo possuem. E nem bem começaram, já moravam em coberturas, andavam em carros de 200 mil reais, compravam lanchas, alguns até iates, jet sky, a gota serena e a mãe de pantanha.

Foram transformados nos novos reis do pedaço e esfolam quem lhes negar o afago.

Por isso a oportunidade do artigo de Wellington.

Ser honesto, antigamente, era uma obrigação.

Hoje é uma raridade.