A Justiça do Rio de Janeiro concedeu uma liminar no início da noite desta sexta-feira (6) que impede as autoridades municipais de buscar e apreender obras em função de seu conteúdo, “notadamente” aquelas que tratam de conteúdo LGBT.
A liminar atende a uma solicitação de mandado de segurança preventivo feita pela Bienal do Livro do Rio após a decisão do prefeito Marcelo Crivella de apreender livros no evento, que acontece no Riocentro, Zona Oeste. É a primeira vez em quase 40 anos que a Bienal do Livro sofre esse tipo de ação.
Na noite de quinta, Crivella afirmou que mandaria recolher exemplares do romance gráfico “Vingadores, a cruzada das crianças” (Salvat), que tem a imagem de um beijo entre dois personagens masculinos. Os livros eram vendidos lacrados, e a capa não tem nenhuma imagem de conteúdo erótico.
A decisão da Justiça de conceder a liminar foi tomada após representantes da Secretaria de Ordem Pública (Seop) terem ido à Bienal para, segundo o órgão, identificar e lacrar livros com conteúdo “impróprio”. Os fiscais não encontraram livros em “desacordo” com as normas, segundo a Prefeitura.
Resumo do caso até aqui:
- Na noite de quinta-feira, o prefeito Marcelo Crivella diz que vai mandar recolher exemplares de “Vingadores, a cruzada das crianças” (Salvat) da Bienal do Livro do Rio;
- Bienal do Livro informa que não vai retirar livros e que dá “voz a todos os públicos”;
- Na manhã de sexta-feira, todos os exemplares à venda na Bienal se esgotam em pouco mais de meia hora;
- Na tarde de sexta, fiscais da prefeitura vão à Bienal para identificar e lacrar livros considerados “impróprios”; a fiscalização não encontrou conteúdo em “desacordo com a legislação”;
- Prefeitura do Rio pede lacre e advertência no caso de livros voltados ao público infantil e adolescente; no pedido, cita ECA, que não menciona homossexualidade;
- Bienal recorre à Justiça para garantir “pleno funcionamento do evento”;
- À noite, desembargador concede liminar;
- OAB diz que prefeitura não tem poder para recolher livros.
3 Comentários
Crivela tá certo! Temos de defender a família que realmente existe e está na Constituição, que diz que é ” homem, mulher e filhos “. Não se pode dar liberdade a essa viadagem e sapatagem, é cortar logo o mal pela raiz!
O tiro saiu pela culatra. Os livros lgbt venderam mais que as cocadas de doce de leite na saída de Aparecida pra Sousa. Crivela garoto propaganda as avessas
O prefeito do RJ, Marcelo Crivella, disse que agiu em “defesa das familias”, mas
ele defenderia muito mais as famílias se investisse em o bras de contenção de
barreiras, e cuidasse melhor da cidade.
Esse falso moralismo só engana mesmo os xiitas evangélicos.
Ou o Crivella estaria dando espetada disfarçada no governador do RJ, que nomeou
o seu filho gay como chefe de uma secretaria ligada à causa LGBT?
Mas a “boa intenção” do Crivella rendeu frutos para outras searas: um das livrarias
participantes da Bienal colocou um aviso que estava vendendo livros proibidos por
Crivella, e o estante dela ficou lotado; o yoituber Felipe Melo foi na Bienal e comprou
TODOS os livros com temática LGBT para distribuir gratuitamente; e a turma LBGT,
como protesto, está organizando um beijaço em plena Bienal.
Para quem precisa de votos para ser reeleito, o Crivella está apostando tudo no
apoio dos evangélicos. Pode quebrar a cara!