O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, diz que o fato de Jair Bolsonaro ter confessado o crime de obstrução judicial faz parte de uma estratégia traçada por advogados para que ele se antecipe a investigações que apontem para ele ou sua família no caso Marielle Franco, ex-vereadora brutalmente assassinada por milicianos
“A confissão feita por Jair Bolsonaro hoje no início da tarde de que “nós pegamos, antes que fose adulterada” a gravação das ligações do condomínio Vivendas da Barra nada tem de espontânea ou de deve ao fato de ele ser falastrão. Claramente, Bolsonaro se adiantou a investigações que apontariam este ato, de cujos detalhes ainda não se sabe, e nem o presidente explicou”, escreve o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
“Bolsonaro resolveu, numa típica estratégia de tentativa de contenção de danos, se antecipar e falar ele mesmo que alguém ligado a ele pegou a gravação. De qualquer forma, é a atitude pública mais ousada de Bolsonaro neste caso que o envolve desde o início da semana. Ao menos até aqui. A propósito, cadê o porteiro?”, questiona.
3 Comentários
É possível!
Tem lógica! É, pode ter sido induzido por alguém interessado em afastá-lo da disputa em 2022 (limpeza de caminho).
Um processo pesado, no mínimo, enfraquecera o governo.
Fogo amigo?
O Nassif está fazendo investigação compartilhada, por conta própria,
pedindo a ajuda de leitores que entendam de tecnologia.
Se for possível fazer a engenharia reversa do tal sistema, com certeza
haverá muita coisa interessante.
Não seria uma estratégia para federalizar o caso, contando com a devida (e põe” devida” nisso) complacência
de quem ele próprio nomeou ministro e procurador geral?
Chamando para si a participação no delito cometido caberá à PGR a tomada de decisão quanto às investigações
e denúncia, ou não, e ao STF julgar ou negar a procedência.
Assim, o Bolsonaro tira de cima do filho Carluxo o foco das investigações, já que a polícia carioca estava ouvindo
todos os ex-assessores de Marielle sobre os conflitos e desavenças entre eles.
Resta, entretanto, uma questão importante: As fotos postadas nas redes sociais pelo filho do presidente seriam
as mesmas fotos encontradas pela polícia no celular do miliciano Lessa, acusado de matar Marielle, e que
foram enviadas para ele, pela própria esposa, 2 dias antes dele ser preso?
Lembrando que o miliciano está pieso desdeo dia 12 de março deste ano.
Se são as mesmas fotos, quando, então, os Bolsonaros pegaram as gravações?
Lembrem que o presidente disse; “nós pegamos….”