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Lauro Jardim: confissão de Bolsonaro é estratégia para se antecipar a investigações que apontam contra ele

2 de novembro de 2019

 

O colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, diz que o fato de Jair Bolsonaro ter confessado o crime de obstrução judicial faz parte de uma estratégia traçada por advogados para que ele se antecipe a investigações que apontem para ele ou sua família no caso Marielle Franco, ex-vereadora brutalmente assassinada por milicianos

Lauro Jardim diz que Bolsonaro quer MPF alinhado com o governo
Lauro Jardim diz que Bolsonaro quer MPF alinhado com o governo

“A confissão feita por Jair Bolsonaro hoje no início da tarde de que “nós pegamos, antes que fose adulterada” a gravação das ligações do condomínio Vivendas da Barra nada tem de espontânea ou de deve ao fato de ele ser falastrão. Claramente, Bolsonaro se adiantou a investigações que apontariam este ato, de cujos detalhes ainda não se sabe, e nem o presidente explicou”, escreve o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

“Bolsonaro resolveu, numa típica estratégia de tentativa de contenção de danos, se antecipar e falar ele mesmo que alguém ligado a ele pegou a gravação. De qualquer forma, é a atitude pública mais ousada de Bolsonaro neste caso que o envolve desde o início da semana. Ao menos até aqui. A propósito, cadê o porteiro?”, questiona.

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3 Comentários

  • Reply Rodrigues 2 de novembro de 2019 at 21:52

    É possível!
    Tem lógica! É, pode ter sido induzido por alguém interessado em afastá-lo da disputa em 2022 (limpeza de caminho).
    Um processo pesado, no mínimo, enfraquecera o governo.
    Fogo amigo?

  • Reply Delfos 2 de novembro de 2019 at 22:28

    O Nassif está fazendo investigação compartilhada, por conta própria,
    pedindo a ajuda de leitores que entendam de tecnologia.
    Se for possível fazer a engenharia reversa do tal sistema, com certeza
    haverá muita coisa interessante.

  • Reply Lumière 3 de novembro de 2019 at 07:37

    Não seria uma estratégia para federalizar o caso, contando com a devida (e põe” devida” nisso) complacência
    de quem ele próprio nomeou ministro e procurador geral?
    Chamando para si a participação no delito cometido caberá à PGR a tomada de decisão quanto às investigações
    e denúncia, ou não, e ao STF julgar ou negar a procedência.
    Assim, o Bolsonaro tira de cima do filho Carluxo o foco das investigações, já que a polícia carioca estava ouvindo
    todos os ex-assessores de Marielle sobre os conflitos e desavenças entre eles.
    Resta, entretanto, uma questão importante: As fotos postadas nas redes sociais pelo filho do presidente seriam
    as mesmas fotos encontradas pela polícia no celular do miliciano Lessa, acusado de matar Marielle, e que
    foram enviadas para ele, pela própria esposa, 2 dias antes dele ser preso?
    Lembrando que o miliciano está pieso desdeo dia 12 de março deste ano.
    Se são as mesmas fotos, quando, então, os Bolsonaros pegaram as gravações?
    Lembrem que o presidente disse; “nós pegamos….”

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