Lira fora e os Cartaxo nas cordas. Cássio agradece.

Por: Aldo Ribeiro

A desistência de Lira foi apenas mais uma peça alijada por Cássio, na sua luta pela manutenção de poder, através da sua reeleição para o senado na eleição que se aproxima. Lira, que aliás, era nosso melhor representante naquela casa, municipalista empenhado pra que os recursos chegassem à ponta, percebeu a conspiração de que estava sendo vítima e caiu fora. Teoricamente, o caminho de Cássio, mesmo com a rejeição recorde à seu nome, face ter sido peça ativa no mainstream da política nacional pra que fosse impedida uma presidenta eleita legitimamente, ainda tem parte de seus adoradores e alienados pra chamar de seus.

Os Cartaxo, cumprem até aqui direitinho o seu papel nesse roteiro criado pelo ainda senador Cássio. Luciano continua na prefeitura, jogou seu irmão aos leões, visivelmente incomodado na condição de pré-candidato ao governo do estado, o tirando da disputa à senatoria, na qual teria reais chances de ser eleito.

Mas o problema para o grupo de Cartaxo é maior do que isso. Temos um 2020 batendo a porta, com um tal de Ricardo Coutinho favoritíssimo a retornar à Prefeitura de João Pessoa. Sendo bem realistas, sabemos que a viabilidade de uma candidatura competitiva do irmão gêmeo de Luciano é improvável, por tudo que já comentamos e lemos em artigos anteriores. É uma candidatura bizarra pra atual conjuntura e humor do eleitor médio.

Resumo da ópera: pragmático e pouco afeito a movimentos de grandes riscos na sua trajetória política, a candidatura do seu irmão gêmeo não vingará. Cartaxo preferirá jogá-lo para uma deputação federal ou até mesmo senatoria, quem sabe, pra minimizar os riscos e manter sua base política para 2020, afim de tentar fazer seu sucesso na Prefeitura de João Pessoa.

“Você sabe o que eu quero dizer, não tá escrito nos outdoors”.