Livânia Farias ia se matar e disso não fez segredo. Em cartas endereçadas a familiares e amigos, chegou a fazer planos para o próprio funeral. A revelação está publicada hoje no portal Folha Uol pela jornalista Mariana Carneiro. Livânia, nas cartas, reclama do comportamento do Ministério Público, critica a espetacularização em torno da Operação Calvário e se diz perseguida.
Leia a matéria na íntegra:
DELATORA DE OPERAÇÃO QUE MIROU EX-GOVERNADOR DA PB FEZ CARTAS DE DESPEDIDA RELATANDO PRESSÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Até aqui de mágoa
Antes de se tornar delatora na Operação Calvário, que mira o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB), a ex-secretária estadual Livânia Farias mandou cartas a familiares e amigos em que relata angústia após se tornar alvo do Ministério Público.
Até aqui de mágoa 2
Os textos foram escritos pouco antes de ela ser presa, em 16 de fevereiro de 2019. Nas cartas, ela reclama do que considerou perseguição e espetacularização do caso pelos procuradores do estado e faz planos para o próprio funeral. Farias diz que a pressão sobre a família é tanta que os filhos não podem sair de casa.
Passado…
Uma das missivas foi para Ricardo Coutinho. Ela agradece ao ex-governador pela confiança e diz que o tinha como espelho no trabalho no governo. Mas alega que o fardo da ofensiva do MP é pesado. Meses depois, a ex-secretária delatou o antigo chefe. Farias revelou suposto pagamento de R$ 4 milhões em propina ao político.
Presente…
Ré sob a acusação de ter recebido suborno, ela saiu da prisão dias após assinar o acordo de colaboração e aguarda em liberdade o seu julgamento. A Calvário investiga desvio de R$ 134,2 milhões da área de saúde estadual.
2 Comentários
Olha ,Gente – vejo o nosso pais eivado de novidades em poderes da república.Assim,piora a situação pois,nossa inteligência não vem funcionando e apelamos para situações onde,as relações entre entes se agravam e passam a ser questões pessoais fortes. A delação premiada,do judiciário;a liberação de emendas a parlamentares;as indicações para cargos e funções elevadas no executivo é apenas amostras do que não vem bem.O pais precisa de uma concertação ou, um pacto à moda Moncloa-Espenha para,dar passos seguros e confiança as pessoas e empresários. Todo dia é um nó que não se desata.
O que mais me deixou pasmo foi a nomeação do chefe do gaeco para ocupar uma função cumulativa na Pgr a convite do procurador geral da República, segundo a imprensa,que também acrescentou que essa nomeação é ilegal. O que fazer se quem é pago para fiscalizar as leis é quem primeiro a descumpre.