Por Flávio Lúcio
Segundo documentos obtidos ilegalmente pela Revista Crusoé – trata-se de uma investigação em curso, – a Polícia Federal encontrou entre os pertences do deputado federal Wilson Santiago (PTB-PB) uma lista de repasses financeiros feitos a diversos nomes da política nacional e estadual.
Em meio a esses nomes, o do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, do PV, aparece ao lado de um valor: R$ 260 mil (veja acima a lista).
Não é a primeira vez que Cartaxo tem seu nome associado à suspeitas de corrupção. O prefeito já foi gravado, ao lado de secretários de sua confiança, discutindo meios para extorquir um fornecedor da Secretaria de Saúde da PMJP (leia aqui.)
E olhe que o que esses áudios não representam 20% do que ainda deve vir a público. E nem de longe é o mais grave.
O grupo de Cartaxo também está Calvário. Como para a maior parte da nossa aguerrida imprensa o que dizem delatores em busca de benefícios é verdade inquestionável, Livânia Farias declarou em depoimento que o homem de confiança de Luciano Cartaxo, o atual secretário de Desenvolvimento Urbano, Zennedy Bezerra , recebeu R$ 300 mil para a campanha do irmão do prefeito ao Senado, em 2014, Lucélio Cartaxo (leia aqui).
Qual será a reação da nossa aguerrida imprensa ao fato? Nilvan Ferreira vai se esgoelar ao meio-dia? Clilson Júnior e o ex-operador político de Ricardo Couitnho, Luís Torres, vão bater na mesa? Um dos blogueiros oficiais da Calvário, Anderson Soares, vai vomitar seu moralismo de ocasião em seu blog?
A conferir.
Wilson Santiago: ocultação de patrimônio e lavagem de dinheiro
O que sobre em investigações que envolvem personalidade da direita, e falta quando os investigados são de esquerda, como Lula e Ricardo Coutinho, a Polícia Federal encontrou em uma mala que pertence a Wilson Santiago Nela, registros financeiros de um avião cuja propriedade formal é de uma empresa cujo sócio é Israel Nunes de Lima.
Israel é secretário parlamentar do gabinete de Wilson Santiago. Em uma das filmagens, ele aparece recebendo R$ 50 mil no aeroporto de Brasília. Depois de sair do aeroporto, a PF o segue até o Congresso.
Pois bem, nada disso apareceu até agora nas “investigações” da Operação Calvário. Nada referente a ocultação de patrimônio em nome de laranjas ou parentes, malas de dinheiro, lavagem de dinheiro, contas no exterior.
Como Ricardo Coutinho é mais esperto, enterrou tudo em botijas. Ou dentro de colchões. Quem sabe?
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