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Luis Miranda confirma que líder do Governo é o principal envolvido na maracutaia da Covaxim

25 de junho de 2021

O deputado federal Luis Miranda (DEM) confirmou à CPI da Covid no Senado, na noite desta sexta (25), que foi Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, o deputado citado por Jair Bolsonaro no encontro no Palácio da Alvorada que estaria envolvido na corrupção da compra da Covaxin. Segundo Luis Miranda, Bolsonaro, neste dia, teria “dado a entender” que “não tem força” para combater o “grupo” deste deputado.

 

Ministro da Saúde durante o governo Michel Temer, Ricardo Barros é suspeito de favorecer empresas ligadas a Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, a representante da Bharat Biotec no Brasil para o fornecimento da vacina Covaxin.

A confissão aconteceu logo após a fala do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que afirmou que Luis Miranda não tinha coragem de dizer que o nome era de Ricardo Barros.

Miranda respondeu: “Existem momentos na nossa vida que era melhor esquecer o que a gente escutou”. “O senhor não teve coragem de dizer o nome, eu tenho: Ricardo Barros”, disse então Vieira. “Essa CPI já sabe o caminho que ela tem que seguir. Se ela fizer o ‘follow the money’, provará que estamos vivendo uma ilusão”, devolveu o depoente.

Logo depois, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) assumiu a fala na CPI e voltou a estimular Miranda a responder que se tratava de Ricardo Barros, que ele poderia ter coragem de revelar e não precisaria ter medo de Comissão de Ética na Câmara. O depoente então finalmente confirmou: “Foi o deputado Ricardo Barros que o presidente falou”. Confira o momento no vídeo abaixo:

Antes, o deputado Luis Miranda havia dito que no encontro de 20 de março de 2021, quando levou a Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, as suspeitas de corrupção no contrato da Covaxin com o Ministério da Saúde, a reação do presidente foi digna de quem está com as mãos atadas. “Bolsonaro cita pra mim assim: ‘vocês sabem quem é, né? Vocês sabem que ali é foda e tal. Se eu mexo nisso aí, vocês sabem que merda que vai dar. Vocês sabem que é o fulano, né?’”, disse o parlamentar, sem citar o nome de Ricardo Barros.

Em seu depoimento, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda afirmou que uma colega – Regina Celia Silva Oliveira – teria dado o aval para a importação da Covaxin, vacina indiana contra a Covid-19, ao Brasil, sendo que tal prerrogativa é de Miranda.

O jornalista Leandro Demori, do site The Intercept Brasil, revelou pelo Twitter que Regina Celia foi indicada para o cargo por Ricardo Barros. Durante seu questionamento, o senador Rogério Carvalho questionou Luis Miranda se o deputado acusado por Bolsonaro seria Ricardo Barros. Mas o denunciante desconversou e disse não se lembrar do nome do parlamentar mencionado.

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2 Comentários

  • Reply SEVERINO A S DE LIMA 26 de junho de 2021 at 05:47

    É isso aí no que dá a mistura de um governo delinquente com um grupo político fisiologista.

  • Reply Delfos 26 de junho de 2021 at 05:56

    Ontem foi um dia ” atípico “?
    Pior que não!
    Tudo que “rolou” na CPI tinha um
    quê de ” deja vu”.
    O nome da empresa era estranho?
    Nunca fora ouvido antes por suspeita
    de alguma prática merecedora de
    investigação?
    É o “fulano” era um personagem
    estreante, desconhecido na seara
    das práticas pouco recomendáveis?
    É o que dizer das defesas “ardorosas”
    feitas pelo governistas?
    Não foram todas elas de acordo com
    o script de sempre?
    Nem mesmo o fato do Wassef, o
    advogado do Bolsonaro, ter ido
    à CPI sem máscara causou surpresa.
    Surpresa talvez tenha sido para os
    seguranças do Senado, que foram
    encontrar o advogado do presidento
    escondido no banheiro feminino.

    Mas então não teve nada de novo,
    ontem, na CPI?
    Ah, teve, sim. Teve uma palavra,
    uma única e significativa palavra,
    repetida 3 vezes pelo presidente
    da CPI, senador Omar Aziz:

    PEEVARICOU…PREVARICOU….
    PREVARICOU.

    Que os anjos digam Amém !

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