Era uma vez um casal que se amava com um amor tão grande que nem os poetas do mundo todo reunidos seriam capazes de descrever.
Um amor que enfrentava barreiras e vencia, que era feliz nas horas boas e nas adversidades.
Um amor infinito e tão lindo ao ponto de desafiar o tempo e permanecer pulsante como pulsantes são os amores que brotam da juventude.
O casal teve filhos, teve filhas, eles e elas cresceram, tomaram rumos e os dois, novamente sós, continuaram a viver como dois enamorados.
Os cabelos brancos denunciavam as longas estradas vencidas, o tempo, porém, para eles não tinha a menor importância.
E assim se passaram 52 anos.
Até que, de repente, ela partiu, Kátia se foi, Luiz ficou, ela saiu voando nos braços de Deus, vigiada por anjos que cantavam louvores, os mesmos louvores que os dois perpetuaram no púlpito da igrejinha da Penha, quando formavam lindos duetos musicando os Salmos de Davi.
Ficou Luiz curtindo a saudade, agora sozinho, vendo-a apenas durante os sonhos que povoam seu sono e do qual não quer acordar para não a perder novamente.
Deus os uniu, Deus a levou, um dia todos nos encontraremos num mundo onde a morte não tem vez.
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