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Maranhão entende de Presídios, pois foi no Governo dele que chacinaram 13 no Róger

10 de setembro de 2018

O senador José Maranhão, de 85 anos, manifestou-se hoje sobre a invasão do presídio PB 1, ocorrida na noite de domingo. Querendo faturar politicamente, o candidato do MDB ao Governo do Estado disse: “No meu Governo, vamos retomar a autoridade do Estado para garantir a sua segurança. Cenas como essas que aconteceram em Mangabeira na noite passada, não podem mais ocorrer”.

O senador, quando fala em retomar “a autoridade do Estado”, deve estar se baseando nas cenas patrocinadas pela Polícia Militar no seu Governo anterior, que invadiu o Presídio do Róger e chacinou, friamente, 13 detentos. Eles foram mortos a tiros e alguns estrangulados por cães previamente treinados pela Polícia Militar.

Eu me lembro como se fosse hoje.

No dia 29 de julho de 1997, por volta das 17 horas, a Polícia invadiu o Pavilhão 4 do Róger e matou 13 presos que estavam promovendo um motim. O interessante é que a invasão se deu depois que as autoridades da época, que haviam passado o dia negociando com os rebelados, se retiraram para suas casas.

Quando da tragédia, o relatório Médico Legal dizia com todas as letras que “houve, sim, um massacre, uma chacina, um trucidamento com todos os requisitos de crueldade e insânia”.

Na época, os presos viviam passando fome no Róger e nos demais presídios do Estado. Segundo o Padre João Bosco, então Coordenador da Pastoral Carcerária, “Quem tinha dinheiro, se alimentava bem. Quem não tinha, passava fome”.

Relembrando Luiz Otávio Amorim, digo, sem medo de errar: “O que me lasca é a minha memória”.

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