Digo porque vi e se vi sou testemunha ocular e auricular: durante oito anos como prefeito, nenhum veículo de comunicação da terrinha encontrou defeito no jeito Luciano Cartaxo de governar.
Lembro dos comentários: “O homem é mais liso do que quiabo”, “não deixa rastro”, “passa incólume no meio do turbilhão” e assim por diante.
A única vez que a coisa engrossou para ele foi no caso da lama da Lagoa, mas logo o silêncio voltou a imperar, graças a competência e aos agrados do secretário de comunicação, Josival Pereira, um mestre na arte de convencer que maxixe não é feijão verde e que carne de rabada tem osso, mas todo mundo aprecia.
Agora a pancada do bombo mudou. Cartaxo perdeu o cargo, deixou a caneta, ou, se a manteve, o fez sem a tinta e, em consequência, seus defeitos afloraram.
O pau canta no lombo do moço, é notinha ferina aqui, notinha ferina ali, notinha ferina acolá, defeito pra botar nele não falta, o estoque é grande, interminável, até parece que estão descarnando o acumulado de oito anos de absoluto mutismo, de descarada cumplicidade.
O que não chega a ser surpresa, pelo menos para mim, rapariga velha que sou nesse cabaré de putas envelhecidas;
Mas que é feio, é. E bote feio nisso.
3 Comentários
Maestro, você foi sublime no espetáculo em descrever a imprensa local.
Ah meu amigo! Acabou a gestão, acabou o poder, acabou o jabá!
A imprensa paraibana é movida a jabá!
REI MORTO, PODER EXTINTO. VIVA O NOVO REI.- -A culpa não é da imprensa. É dos volumes de dinheiro público previsto nos orçamentos do estado e o escambau, que é destinado aos vícios e viciados do poderoso da hora O NEGÓCIO É ESFOLAR QUEM TÁ FORA DO PADRÃO. Notícia ruim e coisa pra se guardar debaixo de sete chaves. Vale a pena não ver de novo. QUANDO ALGUÉM ASSUME O PODER POLÍTICO, A PRIMEIRA REUNIÃO DE TRÓIA É COM OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO E SEUS DONOS.