Apareceu um vídeo de um médico, oficial do Corpo de Bombeiros, pregando o tratamento precoce contra os efeitos do Covid. O médico, que pelas estrelas nos ombros é de capitão pra cima, garante que há tratamento precoce e que o povo brasileiro é vítima de uma politicagem nociva.
Bem, se há, e não posso duvidar dele porque médico não sou, como explicar as mortes de médicos vitimados pelo vírus em todos os Estados brasileiros?
Porque, segundo o Conselho Federal de Medicina, até agora tombaram, vítimas do coronavírus, exatos 624 médicos.
Não quero crer que os médicos mortos sabiam menos a medicina do que o médico que gravou o vídeo.
E se tinham consciência do tratamento precoce anunciado pelo jovem profissional da medicina, morreram porque quiseram, porque acharam bom, porque queriam ser chamados de mártires.
Fui lá no site do Conselho Federal de Medicina para ver os médicos paraibanos que tombaram lutando contra a Covid. Está lá a relação. Nome por nome e na frente de cada nome uma pequena biografia do falecido. Leia e tire as suas conclusões:
Marco Aurélio de Oliveira Barros☆ 02/03/1935 ✞ 01/08/2020
Filho de pai procurador de Justiça, o cardiologista Marco Aurélio de Oliveira Barros, 85 anos, nasceu em Campina Grande chegou a cursar direito em Recife, mas o apelo da medicina foi mais forte em 1958 formou-se pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Fez residência médica no Hospital das Clínicas da UFBA e no Hospital das Clínicas da USP, além de estágios nas Universidades de Minnesota, Yale e no New York Hospital – USA, e no Instituto Nacional do México. Retornou para a Paraíba em 1962. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, foi um dos pioneiros da especialidade no Nordeste. Apesar de cardiologista, entrou como professor da Universidade Federal da Paraíba, em 1970, como professor da disciplina de Doenças Infecciosas Parasitárias, em que atuava com desenvoltura e competência. Fundou o Núcleo de Medicina Tropical e implantou o programa de Residência Médica na UFPB. Foi um dos fundadores do Hospital Samaritano e da clínica Cardiocenter. Morava em João Pessoa. Várias entidades e autoridades lamentaram o falecimento do cardiologista.
Maria de Fátima Cartaxo Costa de Araújo☆ 11/05/1952 ✞ 19/09/2020
A pneumologista e geriatra Maria de Fátima Cartaxo Costa de Araújo, 68 anos, morreu, formou-se, em 1977, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e morava em João Pessoa. Ela era cooperada da Unimed, que elogiou a médica, por sempre ter se destacado “pela dedicação, respeito e ética no cuidado com seus pacientes”. O Sindicato dos Médicos e o Conselho Regional de Medicina na Paraíba também lamentaram o passamento.
Gessner Agra Cariri Caetano☆ 07/12/1952 ✞ 25/08/2020
Natural de Campina Grande, o médico e empresário Gessner Agra Cariri Caetano, 68 anos, formou-se em 1976 na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Foi diretor clínico da antiga Casa de Saúde Dr. Francisco Brasileiro, em Campina Grande, onde hoje funciona o Hospital das Clínicas.
Roberto Abrantes Pinto de Oliveira☆ 18/02/1936 ✞ 18/11/2020
Natural de Campina Grande, o oftalmologista Roberto Abrantes Pinto de Oliveira, 84 anos, formou-se em 1960 na Universidade Federal de Pernambuco. Morava em Campina Grande.
Marlene Pereira Abrantes☆ 24/07/1948 ✞ 22/11/2020
A pediatra Marlene Abrantes Pereira, 72 anos, nasceu em Araruna (PB) e formou-se na Universidade Federal da Paraíba em 1979. Morava em João Pessoa, mas tinha outra inscrição no Rio Grande do Norte, onde também atuava.
Simão Pedro Carcará Reinaldo de Souza☆ 24/01/1985 ✞ 24/11/2020
Com inscrições nos Conselhos Regionais de Medicina da Paraíba e do Piauí, o ginecologista e obstetra piauiense Simão Pedro Carcará Reinaldo de Sousa, 35 anos, era formado pela Integrada Diferencial (Facid), em Teresina. Atuava no Hospital da Unimed em João Pessoa e era dono da clínica MD Análises em Barras (PI). Os CRMs da Paraíba e do Piauí e a Unimed Paraíba publicaram notas de condolências.
Fernando Luiz Gomes de Carvalho☆ 21/05/1955 ✞ 15/12/2020
Formado pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1984, o médico Fernando Luiz Gomes de Carvalho, 65 anos, nasceu em Patos, no sertão nordestino, morava em João Pessoa, mas atuava nos municípios de Bananeiras e Serraria, no brejo paraibano.
Égina Maria de França☆ 06/01/1982 ✞ 15/12/2020
A psiquiatra Égina Maria de França, 62 anos, nasceu em Campina Grande e formou-se, em 1984, na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Morava e trabalhava na capital paraibana. Era cooperada da Unimed João Pessoa há 28 anos, que agradeceu a importante contribuição para o fortalecimento da cooperativa, “com sua dedicação e trabalho”.
Vilma de Lourdes Torres Soares Boulitreau☆ 14/11/1942 ✞ 16/12/2020
A pediatra Vilma de Lourdes Torres Soares Boulitreau, 78 anos, nasceu em Sapé (SP) e formou-se na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1967. Era casada com Manoel Beirão Boulitreau e mãe de Carlos Frederico Torres Soares Boulitreau, ambos ortopedistas.
José Péricles Rodrigues Neves☆ 09/10/1953 ✞ 16/12/2020
Natural de Sousa, no sertão paraibano, o radiologista Péricles Neves, 71 anos, formou-se na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, mas voltou para sua cidade natal, onde morava e trabalhava. Lá, Dr. Pepé, como era conhecido, foi vereador, candidato a prefeito e mantinha uma clínica de imagem.
Orlando Augusto Damascena☆ 16/01/1949 ✞ 01/12/2020
O ginecologista e obstetra Orlando Damascena, 71 anos, formou-se na Universidade Federal da Paraíba, em 1975, e, desde então, trabalhava no sertão paraibano. Foi prefeito de Várzea, cidade onde nasceu, e ultimamente atuava em Patos, onde morava e era proprietário da Clínica Gicecam.
Oriel Brilhante de Oliveira☆ 04/04/1943 ✞ 16/05/2020
Formado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em 1971, o ortopedista Oriel Brilhante, 77 anos, nasceu em Pombal, mas atuava e morava em João Pessoa. O Sindicato dos Médicos emitiu uma nova de solidariedade à família e aos amigos, desejando forças no momento da despedida.
Marcos Antônio Barbosa de Paiva☆ 15/12/1950 ✞ 15/05/2020
O cirurgião geral e do aparelho digestivo Marcos Antônio Barbosa de Paiva, 69 anos, nasceu em João Pessoa e se formou no Universidade Federal da Paraíba em 1977. Segundo seu sobrinho e afilhado Joaquim da Costa Oliveira, ele tocava o coração de todos, “cantando ou cuidando”. Era
Geraldo Antonio Leite☆ 09/11/1944 ✞ 09/05/2020
Metade paraibano e metade mineiro. Assim pode ser definido o médico Geraldo Leite, 73 anos. Natural de Conceição (PB), formou-se em 1975 na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e logo em seguida mudou-se para a cidade de Poço Branco, em Minas Gerais, onde atuava como médico, foi vereador e presidente da Câmara Legislativa. Era conhecido como o “médico do povo”. A Câmara Municipal de Ouro Branco e a prefeitura da cidade emitiram notas de pesar pelo falecimento. Em 2013, Antônio Leite voltou para a Paraíba. Na época, trabalhou durante dois anos na cidade de Santa Inês, localizada na região do Vale do Piancó. Nesse período, o médico resolveu cuidar da sua propriedade sítio Baraúna, localizado no município de Conceição, local que lembrava sua infância. Atualmente, também trabalhava em um hospital em João Pessoa.
Solon Pereira Lopes Ferreira☆ 02/07/1957 ✞ 06/05/2020
Apaixonado por futebol, chegou a jogar no Botafogo da Paraíba, o médico de tráfego Sólon Pereira Lopes, 63 anos, chegou a cursar educação física, curso que abandonou perto do final para fazer medicina na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), curso que concluiu em 1985. “Serviu ao Exército como soldado e médico, e especializou-se em Medicina do Tráfego, a área que mais o fascinava. Comprometido com a profissão, sempre foi muito respeitado e querido por todos, era notável sua dedicação e presteza junto aos paciente e colegas de trabalho”, contou seu filho Emmanuel Ferreira, ao site Inumeráveis. “Era sinônimo de doação, de entrega. Homem metódico, organizado, ligado a família e entregue ao trabalho. Dedicava-se, incondicionalmente, aos três pilares de sua vida: casa, família e trabalho. Quando poderia ter se afastado por estar na faixa de risco, doou-se, mais uma vez ao bem-estar dos pacientes”, recorda o filho. Dr. Solon também atuava no Rio Grande do Norte, no Hospital público Santa Catarina. Há a informação de que ele pegou o Covid-19 durante um atendimento no hospital potiguar.
Maria de Fátima Ávila Castelo Branco☆ 16/02/1960 ✞ 13/04/2020
Natural de Fortaleza, a médica do trabalho e clínica Maria de Fátima Castelo Branco formou-se em 1984 pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e fixou-se em João Pessoa. Também era sanitarista e especialista em medicina preventiva e social. Atualmente, trabalhava como auditora de contas médicas da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa. “Era uma médica muito querida e que esteve conosco até algumas semanas atrás. Lamentamos profundamente seu falecimento”, disse o secretário Adalberto Fulgêncio. O Conselho Regional da Paraíba (CRM-PB) também prestou solidariedade e condolências aos familiares e aos amigos.
Ricardo Pereira Passos☆ 15/04/1977 ✞ 14/06/2020
Coordenador da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Dinamérica, em Campina Grande, o intensivista Ricardo Passos, 43 anos, nasceu em Areia (PB), formou-se na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em 2002, e além da Paraíba, também trabalhou em Pernambuco. A prefeitura de Remígio, município onde ele também trabalhava, decretou luto oficial de três dias pela morte do médico. “Um grande ser humano, empenhado para o bem da comunidade remigense, buscando sempre o coletivo e a harmonia entre as pessoas”, destacou o prefeito André Alves.
Ana Lúcia Freire Cantalice☆ 06/12/1963 ✞ 22/07/2020
Formada pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), em 1986, a pediatra Ana Lúcia Cantalice, 57 anos, era especializada em Neonatologia. Ao logo de sua carreira, trabalhou em diferentes unidades de referência no atendimento pediátrico, como o Hospital da Fundação Assistencial da Paraíba (FAP), o Hospital Clipsi e a Maternidade do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea). Em junho, foi responsável por coordenar uma campanha para confecção e distribuição de Equipamentos de Proteção Individual aos profissionais de Campina Grande. “Toda sua trajetória profissional foi marcada por dedicação e excelência”, afirmou Socorro Martins, integrante do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). No site inumeraveis, não faltam elogios à atuação da pediatra. “ A médica que não desistia de resolver um problema. Falar sobre ela é falar sobre anjos na Terra (…) Como auditora da Unimed, passou trinta anos e foi uma de suas grandes realizações: começou como médica, passou a auditora e ascendeu como gerente. Com muita justiça, tomava cada causa como sua e enfrentava o que fosse para sempre ser justa e digna com todos. Como neonatologista, não sossegava enquanto os seus recém-nascidos não estivessem bem. Salvou inúmeras vidas… muitos pais são gratos a ela. Não saía de perto e mobilizava quem fosse preciso. Sua marca registrada era a de não deixar ninguém quieto. Onde quer que ela chegasse, já ia determinando os afazeres e organizando o lugar”. “A doutora Ana era uma militante das boas causas na área de Saúde e se desdobrava em cuidados especiais a seus pequenos pacientes”, afirmou o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues.
Alírio Batista de Souza☆ 29/12/1936 ✞ 22/07/2020
O ginecologista, médico do trabalho e perito Alírio Batista, 84 anos, nasceu em Piancó (PB), formou-se na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1967 e trabalhou por décadas em João Pessoa. O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) lamentou a morte do profissional. “Neste momento de tristeza, o CRM-PB presta solidariedade e condolências aos familiares e amigos”, disse por meio de nota. Nas redes sociais, familiares, amigos e pacientes do médico lamentaram o falecimento do profissional.
Geraldo Arnaud de Assis Júnior☆ 23/08/1957 ✞ 06/08/2020
O anestesiologista Geraldo Arnaud de Assis Júnior, 63 anos, mais conhecido por Dr. Geraldinho, nasceu em Pombal, cidade onde foi vice-prefeito de 2009 a 2016, e onde dirigiu o Hospital Regional. Formou-se na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em 1980. Morava em Pombal. Seu falecimento foi lamentado, em nota, pelo Sindicato dos Médicos da Paraíba (Simed-PB) e pela prefeitura de Pombal.
6 Comentários
Tomo Ivermectina de 15 em 15 dias. Mal não faz. Deixe os outros, meu amigo! Se vc não quer tomar é uma decisão sua! Que absurdo é esse! Essa porr… de políticagem é uma desgraça!
Não estou censurando quem faz, só fiquei curioso com o fato de, em sendo assim tão fácil a cura, mais de 500 médicos terem morrido de covid.
O próprio inventor do chamado
Kit Covid morreu de Covid.
A Ivermectina, nem a Cloroquina
salvaram a vida dele.
Este deve ser um grande imbecil querendo aparecer pra o Bozo
É Tenente Coronel médico. Toma remédio quem quiser quem não quiser não é obrigado a tomar. Desses médicos aí tem alguns que eram contra o tratamento precoce e outros a favor.
Nas tripas desse senhor ivermectino não tem nenhuma lombriga. Acontece que o coronavirus não é uma lombriga e sim um vírus.