Alcancei a fase de só escrever por prazer, jamais por obrigação.
Aqueles textos chatos, pautados por sisudos chefes de reportagens, onde a gente narrava o que vinha da alma dos outros, nunca mais.
Se eu quiser falar de cuscuz com bode, eu falo.
Escrever errado, então, escreverei com o maior prazer.
E chamar nomes feios para escandalizar as puritanas, é só dar vontade.
Se bem que por causa desses nomes feios alguns pediram a minha cabeça ao meu chefe.
E pediram em forma de abaixo assinado.
O chefe, além de não atender o pedido, enviou-me o documento, que guardo com muito amor e carinho no meu baú de alfarrábios.
Esclareço que isso aconteceu em algum lugar do passado.
Mas escrever para agradar ao próprio ego não é exclusividade minha.
Meu amigo Sebastião Gerbase já faz isso há tempos.
Francisco Florêncio, outro aposentado, só fala do que gosta também.
E o que dizer de Aldo Lopes, o romancista, o contista, o poeta e o descendente de cangaceiro?
Não censuro os coleguinhas que colocam as tintas de suas canetas bics a serviço desse ou daquele.
Já fiz isso e sei que a lei da sobrevivência é muito carrasca.
Eles um dia chegarão onde estou e hão de pensar como eu penso agora.
Vamos rosetar, vamos alegrar o ambiente. É do que precisamos nesses tempos sombrios de pandemia e isolamento.
Por falar nisso, amanhã eu tenho a pretensão de derrubar uma meiota com picado de bode.
Alguém aí está servido?
1 Comentário
Saudades de atender você, mas vamos esperar a vacinação. És um camarada da mais alta qualidade.