Chico Pinto Neto
Quando se perde um amigo querido o nosso coração se dilacera e, mesmo assim, à memória se movimenta num misto de saudade e recordação daqueles momentos que passamos ao lado desse indelével amigo.
Hoje perdi, ou melhor, perdemos Agnaldo Almeida, jornalista de escol que se dedicou à profissão com imensa capacidade, caráter inabalável e respeitado pelos colegas e, mais ainda, pela galeria infindável dos seus leitores.
Tive a chance de trabalhar ao seu lado como repórter e ele na condição de editor no Jornal A União, oportunidade em que firmamos uma amizade recíproca e duradoura.
Lutamos lado a lado nas memoráveis campanhas da Associacao Paraibana de Imprensa e do Sindicato dos Jornalistas. Na API, ele foi o nosso presidente, gestão que engrandeceu à nossa entidade dando a ela um grande e notório espaço no meio social, acadêmico e político.
Homem cordato, inteligente e de bom senso de humor sem desprezar à coragem naqueles momentos que exigiam dele ação e decisão.
Como disse no início, perdi um amigo e uma das maiores referências intelectual do jornalismo paraibano.
Agnaldo partiu, mas deixa o seu legado a ser seguido pelas novas gerações. Por aqueles que se enveredam pelos caminhos de um jornalismo sério, honesto e apegado aos fatos.
Somente aos fatos!
Sem dúvida fará uma enorme falta na nossa roda de “bate papo” onde o seu humor prevalecia e a sua sensatez a respeito dos acontecimentos do presente e do passado, vividos por ele, nos eram repassados com detalhes, fruto da sua memória privilegiada.
Faleceu jovem ainda, dentro da margem pesquisada e divulgada por cientistas da área da saúde, de que, de dez setentãos apenas quatro chegam aos 80.
Vai “Neguim”, mas fique certo que ficarás na história da imprensa paraibana e em nossos corações.
O teu lugar está reservado ao lado de Deus e dos teus amados pais e demais familiares.
À Naná e filhos o meu fraternal abraço de pesar.
1 Comentário
Belo texto, emocionante, que retrata muito bem a figura de Agnaldo, como amigo, jornalista, humanista e de uma humildade ímpar. Parabéns, Chico.