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Meu amigo Nominando Diniz

23 de janeiro de 2021

Antônio Nominando Diniz foi um homem honrado.

Ele e sua Celina criaram cinco filhos dentro desse padrão de honradez.

E os seus descendentes honraram o legado dos pais.

Tanto honraram que são pessoas de classe média até hoje, embora tenham passado por cargos que, se quisessem, os teriam alçado ao patamar dos ricos e poderosos.

Por isso não acreditei nas acusações que fizeram a Totonho, ou Nominando Filho como vocês o chamam.

Conheço Totonho desde os tempos de menino. Ele e José, dois contemporâneos de praças, banhos de açude e assustados. Não digo de escola porque, desde cedo, estudaram na Capital.

Mas que nunca abriram mão das férias na terra natal, dos jogos de vôlei, de futebol e de basquete.

Totonho se fez médico, José engenheiro. O primeiro sucedeu ao pai na política, o segundo preferiu exercer o cargo de engenheiro da Embratel.

Mais tarde Totonho foi nomeado Conselheiro do Tribunal de Contas e como conselheiro chegou à Presidência da mais alta Corte de Contas do Estado.

De repente, não mais que de repente, apareceu uma acusação. Chamaram-no de corrupto. E, sem mais nem menos o afastaram do cargo. Uma biografia inteira foi jogada no esgoto, na lama. Tudo o que Nominando construiu foi por água abaixo. Seu nome virou lixo, sua vida foi transformada em sinônimo do que não presta e a galhofa em torno dele se fez pauta nas redes sociais.

O que terá sofrido esse meu amigo!

E os seus filhos, como terão sobrevivido a tudo isso?

Em nenhum momento duvidei da honestidade de Nominando. Um filho de Antônio Nominando Diniz e de Celina Gondim jamais desonraria a memória desses dois pais maravilhosos.

Mas nem todo mundo pensou assim.

A vida continuou.

Hoje o Superior Tribunal de Justiça decidiu pela volta de Nominando ao Tribunal de Contas do Estado.

E se assim decidiu, o fez por se convencer da sua inocência.

Nominando retorna ao  exercício do cargo de Conselheiro, com todos os direitos e prerrogativas, mas fica uma pergunta no ar:

Quem vai pagar pelo prejuízo?

Quem vai responder pelo sofrimento imposto a ele e a sua família?

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1 Comentário

  • Reply Josevaldo Anízio Silva 23 de janeiro de 2021 at 21:37

    É preciso colocar um freio no ministério público e no judiciário. E o legislativo precisa agir

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