Antônio Nominando Diniz foi um homem honrado.
Ele e sua Celina criaram cinco filhos dentro desse padrão de honradez.
E os seus descendentes honraram o legado dos pais.
Tanto honraram que são pessoas de classe média até hoje, embora tenham passado por cargos que, se quisessem, os teriam alçado ao patamar dos ricos e poderosos.
Por isso não acreditei nas acusações que fizeram a Totonho, ou Nominando Filho como vocês o chamam.
Conheço Totonho desde os tempos de menino. Ele e José, dois contemporâneos de praças, banhos de açude e assustados. Não digo de escola porque, desde cedo, estudaram na Capital.
Mas que nunca abriram mão das férias na terra natal, dos jogos de vôlei, de futebol e de basquete.
Totonho se fez médico, José engenheiro. O primeiro sucedeu ao pai na política, o segundo preferiu exercer o cargo de engenheiro da Embratel.
Mais tarde Totonho foi nomeado Conselheiro do Tribunal de Contas e como conselheiro chegou à Presidência da mais alta Corte de Contas do Estado.
De repente, não mais que de repente, apareceu uma acusação. Chamaram-no de corrupto. E, sem mais nem menos o afastaram do cargo. Uma biografia inteira foi jogada no esgoto, na lama. Tudo o que Nominando construiu foi por água abaixo. Seu nome virou lixo, sua vida foi transformada em sinônimo do que não presta e a galhofa em torno dele se fez pauta nas redes sociais.
O que terá sofrido esse meu amigo!
E os seus filhos, como terão sobrevivido a tudo isso?
Em nenhum momento duvidei da honestidade de Nominando. Um filho de Antônio Nominando Diniz e de Celina Gondim jamais desonraria a memória desses dois pais maravilhosos.
Mas nem todo mundo pensou assim.
A vida continuou.
Hoje o Superior Tribunal de Justiça decidiu pela volta de Nominando ao Tribunal de Contas do Estado.
E se assim decidiu, o fez por se convencer da sua inocência.
Nominando retorna ao exercício do cargo de Conselheiro, com todos os direitos e prerrogativas, mas fica uma pergunta no ar:
Quem vai pagar pelo prejuízo?
Quem vai responder pelo sofrimento imposto a ele e a sua família?
1 Comentário
É preciso colocar um freio no ministério público e no judiciário. E o legislativo precisa agir