Destaques

Ministério Público do Trabalho intima secretário de saúde da Capital para explicar possíveis distorções no plano de aplicação da vacina contra Covid

25 de janeiro de 2021

O Ministério do Público do Trabalho determinou a intimação do Secretário Municipal de Saúde(foto) para esclarecer eventuais distorções na execução do plano de vacinação contra a COVID 19 no Município de João Pessoa.
O Procurador Eduardo Varandas pretende averiguar se as diretrizes nacionais foram desobedecidas pelo município ou outros organismos, quanto à vacinação de profissionais que eventualmente não estão na linha de frente no combate à pandemia. Há denúncias inclusive de vacinação de terceiros, alheios à área de saúde, e de funcionários de setores financeiros e recursos humanos de hospitais locais.
“É dever precípuo do município gerenciair, com vigilância extrema, a vacinação, de modo que não haja atropelos e burlas nos critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. O país já enfrenta enormes dificuldades para adquirir a quantidade de vacinas necessárias para a população e admitrir que espertalhões burlem as filas é esquecer de outras categorias prioritárias que necessitam urgentemente dos antígenos.” pontuou Varandas sobre a gravidade do problema.
No mesmo despacho, o Procurador determinou a oitiva da direção do Hospital Nossa Senhora das Neves e do Hospitário Universitário Lauro Wanderley a fim de averiguar a procedência das denúncias que incluem  imunização de pessoas alheias aos quadros das equipes sanitárias da linha de frente.
Atuação conjunta 
Lembra o Procurador do Trabalho que todos os ramos do Ministério Público na Paraíba têm legitimidade concorrente para conduzir  investigações autônomas, mas preferencialmente coordenadas: MPF, MP Estadual e MPT. No caso do MPT, a preterição das vacinas prejudica outros empregados da saúde que se apresentam em máxima  exposição  ao vírus e que não foram contemplados com o imunizante, violando protocolos e regras de saúde no trabalho.
“A primeira reunião da qual participamos, com a presença do MPF, MPPB e outros orgãos, foi bastante produtiva, Penso que a etapa seguinte deverá ser a deflagração de intensa vigilância nas vacinas por todos os órgãos de controle, nomeadamente o MP, com responsabilzação dos infratores, seja civil, administrativa ou criminalmente no que couber”.

Você pode gostar também

5 Comentários

  • Reply Delfos 25 de janeiro de 2021 at 15:04

    O MP precisa fazer uma varredura
    nas listas de vacinados não só da
    capital. Na região metropolitana
    há caso de operador de máquina
    xerox de PSF que foi vacinado.
    Isso é resultado de uma lista de
    prioritários, digamos assim,
    meio genérica.

  • Reply Delfos 25 de janeiro de 2021 at 16:43

    Do prefeito de Belo Horizonte,
    Alexandre Kalil, em entrevista
    ao UOL:
    ” Acho que todos ( gestores envolvidos)
    devem ser investigados. Esse negócio
    de pegar governador e prefeito que
    compraram respiradores superfaturados é muito pouco para
    o que aconteceu nesse país.
    ( A pandemia) é a maior tragédia que
    aconteceu aqui”.
    “Presidentes foram desrespeitosamente
    levados à prisão por muito menos.
    Nada é mais importante que uma vida”

  • Reply Marcos 25 de janeiro de 2021 at 17:17

    Será que a turma do Laboratório Maurílio de Almeida já foram vacinados?

  • Reply Delfos 25 de janeiro de 2021 at 18:26

    Eu me pergunto: Quais razões tão
    ” superiores” foram, afinal,
    preponderantes para que
    hospital da rede particular se
    transformasse num posto de
    vacinação ?
    São raros os profissionais da
    Saúde que trabalham em
    regime de exclusividade.
    Não havia como a Secretaria
    de Saúde fazer um mapeamento
    dos profissionais de Saúde via
    entidades representativas
    (CRM, COREN, ETC)?

  • Reply luiz 26 de janeiro de 2021 at 10:48

    Negócio entre empresários do ramo.

  • Deixar uma resposta

    Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.