Memórias

Nada é eterno

20 de agosto de 2021

Afastado do mundo por causa da pandemia, passei hoje em frente ao prédio do jornal O Norte, na Avenida Dom Pedro II, em João Pessoa.

O que vi não era nem de longe parecido com aquele prédio suntuoso que recebia festivamente a fina flor da política, da administração e da sociedade paraibana.

Depois que o jornal fechou, o prédio foi decaindo e agora serve de abrigo para invasores sem teto, que até denominação ostentam nas faixas pregadas sobre a fachada principal da antiga sede dos Associados.

Quem viveu, como vivi, os tempos áureos do grande jornal, sente na alma uma pontada de emoção vendo aquele quadro.

Emoção, tristeza e a certeza de que nada é eterno.

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3 Comentários

  • Reply cicero de lima e souza 20 de agosto de 2021 at 14:28

    É verdade, Tião, era naquele prédio onde você, Pedro Moreira, Marcone Cabral, Chico Pinto, Fernando Wallak, Eraldo Nóbrega, Edmilson Lucena, Humberto Lyra, José de Sousa, Anacleto Reinaldo, Cecílio Batista, e tantos outros, inclusive eu, vivemos a melhor fase.
    Mais o importante é que estamos contando a história.

  • Reply José 21 de agosto de 2021 at 15:01

    Tem outro candidato à mesma sina, duas esquinas antes da mesma Av. D. Pedro II. Considero a derradeira sede de O Norte um prédio simples do ponto de vista arquitetônico, embora moderno para a época em que foi construído, no início dos anos 1970. Suntuoso era o jornal editado pela melhor equipe de jornalistas do Estado, comandada por Marconi Goés e Teócrito Leal, e impresso em offset pelas modernas rotativas, sob a supervisão do saudoso Lourinho.

  • Reply Chico Oliveira 22 de agosto de 2021 at 04:39

    HÁ UM VÁCUO DE INFORMAÇÕES JORNALÍSTICAS FIDEDIGNAS, COM EXCEÇÃO DA REVISTA DO MEU DILETO E INOXIDÁVEL MANOEL RAPOSO. Jornais impressos só restam A UNIÃO (Estado da PB) e a FOLHA UNIVERSAL (Edir Macedo). O extermínio de O NORTE, DIARIO DA BORBOREMA, CORREIO DA PARAÍBA, O MOMENTO, JORNAL DA PARAÍBA, bem como de outros periódicos locais, ocorreu como fato natural. Mas a meu sentir não foi. JORNAL e RÁDIO deveria ser ramo apenás para jornalista e radialistas. Como a advocacia é só pra advogados. Mas quase todo político azilado tem a concessão de uma rádio local sob seu comando e controle total. É uma carrada de fuleiragens brasileiras.

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