O Tribunal de Justiça precisa chamar o feito à ordem e determinar investigação para descobrir o nome do artista que gerou aquela tela de computador com o nome do ex-governador Ricardo Coutinho aparecendo como réu num processo que corre em segredo de justiça.
Alguns blogs publicaram que Ricardo tinha virado réu no caso da morte de Bruno Ernesto, com base numa tramitação processual colhida no banco de dados do TJPB.
Ora, o processo estava em segredo de justiça no STJ, portanto, só o juiz aqui poderia quebrar. O juiz não quebrou o sigilo, pois o processo sequer chegou nas mãos dele, considerando que tem apenas uma movimentação, qual seja, DISTRIBUÍDO.
Mas apareceu a informação deturpada e a turma da imprensa aproveitou.
Depois que o mundo veio abaixo, a coisa foi normalizada, o segredo de justiça retornou à tela do computador, etc e coisa e tal.
Mas restou a indagação:
Por que cadastraram no sistema o nome de Ricardo Coutinho como réu, quando na verdade não existe denúncia formal do Ministério Público e, sem denúncia, não pode existir réu?
Acho que ajeitar o que estava errado foi uma providência correta. Mas, além disso, o caso requer uma apuração rigorosa e uma punição exemplar.
Simplesmente fazer de conta que nada aconteceu pode ser cômodo para o responsável pela negligência ou pela má fé, mas para o ofendido, que teve seu nome jogado na sarjeta da culpa indevida, não.
Com a palavra o Tribunal de Justiça.
2 Comentários
Infelizmente , esse país está vivendo dias tenebrosos com certas medidas e atitides de muitos membros da nossa justiça. Só pode está havendo uma negligência muito grande por parte dessas pessoa para a imprensa, muitas das vezes irresponsáveis, ter acesso aquilo que corre em segredo de justiça. Muito triste. Estamos vendo a espetacularizacao das ações, cada um querendo se aparecer mais do o outro; convida a imprensa pra dá coletiva e arma aquele senario sem ter nada a ver com as situações. Blogueiros e jornalistas fazendo um papel ridículo e de extrema irresponsabilidade onde coloca o nome de um cidadão de bem onde eles bem entende. Muitos fatos absurdos.
Fácil de identificar.
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