Recém-nomeada para ocupar secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde, a médica infectologista Luana Araújo pediu exoneração do cargo. Neste sábado (22/5), a pasta confirmou a saída da profissional. Ela foi escolhida para comandar a secretaria no último dia 12, por indicação do ministro Marcelo Queiroga.
Em nota à imprensa, o ministério não explicou os motivos que contribuíram para a saída da médica, que ficou apenas 10 dias no cargo. “O Ministério da Saúde informa que a médica infectologista Luana Araújo, anunciada para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, não exercerá a função. A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas. A pasta agradece à profissional pelos serviços prestados e deseja sucesso na sua trajetória”, informou a pasta.
Luana é formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem pós-graduação na Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Quando assumiu a secretaria, instituída recentemente por Queiroga com o objetivo de centralizar os esforços do combate à pandemia, ela prometeu ” trabalho duro, pautado na tecnicidade, nas evidências científicas, buscando sempre soluções eficientes e adaptadas a nossas vulnerabilidades socioeconômicas, de modo a oferecer o que há de mais atualizado e adequado à nossa realidade”.
O pedido de demissão da médica pode ter acontecido devido a pressões de integrantes do governo sobre qual deveria ser a orientação dela na tomada de decisões à frente da secretaria. Luana discordava, por exemplo, da utilização da cloroquina e da ivermectina como tratamento à covid-19. Os remédios não têm comprovação da ciência de que são eficazes contra a doença, mas são defendidos pelo Executivo, sobretudo pelo presidente Jair Bolsonaro.
A infectologista já havia afirmado em uma entrevista ao Estado de Minas que “não existe evidência de eficácia no uso de qualquer medicação no tratamento precoce da covid-19”. “O que funciona na covid-19 é um diagnóstico e uma monitorização precoce. Infelizmente, não temos tratamento”, afirmou ao EM.
3 Comentários
Na live de quinta-feira, à noite, o
presidente disse que havia voltado
a tomar cloroquina.
Dois dias depois a indicada para
o cargo de chefe da Secretaria de
Enfretamento à Covid-19 declina
da indicação.
Ainda resta alguma dúvida quanto
ao motivo?
Bom, o primeiro parágrafo da nota
que ela emitiu não deixa nenhuma
dúvida.
Assim como não deixa dúvida o
fato do Ministério da Saúde postar
no seu site a chegada do IFA para
a fabricação da vacina Astra-Zeneca,
omitindo o nome do país de origrm.
Sem kit intubação nos hospitais
publicos, muitos pacientes estão
sendo intubados sem sedação,
no RJ.
A cena se repete mais uma vez.
E sem sedação, o método usual
para controlar os pacientes é
amarrando os braços deles na
cama. E às vezes amarrando
até as pernas. É sofrimento em
dobro para os pacientes, e para
os profissionais de saúde.
Até quando?
Qdo ela viu que o Queiroga é um pau mandado no ministério e que não tem voz pra nada, pediu o boné pra não sujar o currículo dela.
Cloroquina só pra o gado do energúmeno do Bozo.