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Nem esquentou o lugar: secretária do Ministério da Saúde pede pra sair dez dias após ser nomeada

22 de maio de 2021
 (crédito: Tony Winston/Ministério da Saúde)
(crédito: Tony Winston/Ministério da Saúde)

Recém-nomeada para ocupar secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 do Ministério da Saúde, a médica infectologista Luana Araújo pediu exoneração do cargo. Neste sábado (22/5), a pasta confirmou a saída da profissional. Ela foi escolhida para comandar a secretaria no último dia 12, por indicação do ministro Marcelo Queiroga.

Em nota à imprensa, o ministério não explicou os motivos que contribuíram para a saída da médica, que ficou apenas 10 dias no cargo. “O Ministério da Saúde informa que a médica infectologista Luana Araújo, anunciada para o cargo de secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, não exercerá a função. A pasta busca por outro nome com perfil profissional semelhante: técnico e baseado em evidências científicas. A pasta agradece à profissional pelos serviços prestados e deseja sucesso na sua trajetória”, informou a pasta.

Luana é formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e tem pós-graduação na Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Quando assumiu a secretaria, instituída recentemente por Queiroga com o objetivo de centralizar os esforços do combate à pandemia, ela prometeu ” trabalho duro, pautado na tecnicidade, nas evidências científicas, buscando sempre soluções eficientes e adaptadas a nossas vulnerabilidades socioeconômicas, de modo a oferecer o que há de mais atualizado e adequado à nossa realidade”.

O pedido de demissão da médica pode ter acontecido devido a pressões de integrantes do governo sobre qual deveria ser a orientação dela na tomada de decisões à frente da secretaria. Luana discordava, por exemplo, da utilização da cloroquina e da ivermectina como tratamento à covid-19. Os remédios não têm comprovação da ciência de que são eficazes contra a doença, mas são defendidos pelo Executivo, sobretudo pelo presidente Jair Bolsonaro.

A infectologista já havia afirmado em uma entrevista ao Estado de Minas que “não existe evidência de eficácia no uso de qualquer medicação no tratamento precoce da covid-19”. “O que funciona na covid-19 é um diagnóstico e uma monitorização precoce. Infelizmente, não temos tratamento”, afirmou ao EM.

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3 Comentários

  • Reply Delfos 22 de maio de 2021 at 21:39

    Na live de quinta-feira, à noite, o
    presidente disse que havia voltado
    a tomar cloroquina.
    Dois dias depois a indicada para
    o cargo de chefe da Secretaria de
    Enfretamento à Covid-19 declina
    da indicação.
    Ainda resta alguma dúvida quanto
    ao motivo?
    Bom, o primeiro parágrafo da nota
    que ela emitiu não deixa nenhuma
    dúvida.

    Assim como não deixa dúvida o
    fato do Ministério da Saúde postar
    no seu site a chegada do IFA para
    a fabricação da vacina Astra-Zeneca,
    omitindo o nome do país de origrm.

  • Reply Angela 23 de maio de 2021 at 01:08

    Sem kit intubação nos hospitais
    publicos, muitos pacientes estão
    sendo intubados sem sedação,
    no RJ.
    A cena se repete mais uma vez.
    E sem sedação, o método usual
    para controlar os pacientes é
    amarrando os braços deles na
    cama. E às vezes amarrando
    até as pernas. É sofrimento em
    dobro para os pacientes, e para
    os profissionais de saúde.
    Até quando?

    • Reply José 23 de maio de 2021 at 17:30

      Qdo ela viu que o Queiroga é um pau mandado no ministério e que não tem voz pra nada, pediu o boné pra não sujar o currículo dela.
      Cloroquina só pra o gado do energúmeno do Bozo.

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