opinião

No dia D de Domingo e na hora H de Humberto MT à PQP ou TLD!

13 de janeiro de 2021

 

1BERTO DE ALMEIDA

 – Agradecimento ainda que tardio! Isso!   Victor Hugo está coberto de razão: “Os infelizes são ingratos; isso faz parte da infelicidade deles”. Volto agradecendo ao bom Tião pela lembrança do aniversário deste MB.  Se foi legal? Foi arretado de bom! Estou vivo – não “muito vivo”, os muitos vivos são esses ex-crotos eleitos e reeleitos pelaí, mas todo cuidado é pouco: as tornozeleiras não estão em falta –  e disposto a continuar por muitos anos, apesar da Covid e os amantes dela, que marcam uma vacina para ser aplicada – ainda morro de tanto sorrir para ressuscitar gargalhando – no dia D, ou seja, em 06 de junho de 1944, no desembarque das tropas Aliadas nas praias Normandia. Sentiram o atraso?! Ah, e não hora H, ou seja, na hora que HUMBERTO (de Almeida) assim desejar.

 B – Também voltei lembrando o inesquecível Anco Márcio. Tudo porque, mexendo nos meus alfarrábios, descobri um textículo seu, escrito para o meu Eu Plural (humbertoalmeida.com.br), dizendo o porquê de ser o puto jornalista que por aqui foi um dia: “Eu sou jornalista porque vejo e enxergo a vida, caminho entre carros, motos e bicicletas. Vejo buracos nas ruas, observo os mendigos, vejo filas de formigas no chão e moscas varejeiras que cismam em voar. Vejo as folhas caindo das árvores e as flores se abrindo nos jardins, agora satisfeitas com a chegada iminente do inverno”.  Bonito, não? Eu achei.

 –  Olhai, seu ex-crotos, não é verdade que estive nesses últimos meses de cabeça enterrada na terra, como avestruz, para não ver o que acontece aqui fora. Em primeiro lugar, sem esquecer que o segundo e terceiro não explicam nada, pois é uma putamentira essa de que ele vive metendo a sua – dele – cabeça em todo buraco que encontra pela frente (por trás é outra coisa).   E muitos não conformados com essa lenda, ainda dizem que a sua – dele – cabeça é metida somente nas vezes que sente medo.

 – Eu, particularmente, não ando metendo a minha cabeça em todo buraco que aparece, com ou sem medo.  Mas deixemos de lado essa história feita de metida de cabeça em buracos, e vamos ao que me interessa. Eu disse “ao que me interessa”. Ah, para os curiosos, acrescento que os avestruzes (epa!) não metem as suas – deles – cabeças nos buracos, apenas encostam essas na terra onde um buraco deveria ter. Mas que conversa feia é essa de meter a cabeça em buraco? Buraco do avestruz não foi feito para isso. Fim de papo, ou melhor, da letra…erre!

 –  Acabei de ver o que fizeram com a nossa igreja São Frei Pedro Gonçalves. Sacanas, não? Piores, piores, piores.   Querem “tombar” – como sinônimo de derrubar – esse nosso belo patrimônio histórico de uma vez por todas. Pois é.  Estava começando a brincar com algumas coisas que merecem ser brincadas (sic), quando eis mais que de repente, como não diria o poeta, a “voz de lata” da simpática Denise Belmiro, uma boa repórter alçada à condição de âncora, chamou a matéria sobre esse “crime” sem medida cultural (sic).

 

– As cenas da “tragédia” foram passando e passando, enquanto esse MB, silencioso como um domingo pela manhã em nosso triste Ponto de Cem Réis, foi lançando sobre elas um olhar mais triste que aquele do boi caminhando para a morte. Não entrarei em detalhes sobre o valor histórico desse patrimônio em eterno –  haja eternidade – estado de abandono. Não é preciso. Mas não me venha, por favor, dizer que esse “abandono” aí é somente “força de expressão”. “ Nada disso! Diante de um crime desse não há “força de expressão” que expresse o que este MB sentiu assistindo as cenas desse filme triste.

De –  Meu Deus! São tantos os “bombados” por aí sem nada para fazer, e tantos não bombados fazendo o que não se precisa.  Confesso que não queria, mesmo com esse vírus comendo pela beirada a humanidade, levando nessa primeira comida amigos e parentes (levou a minha cunhada   mas não leia, por favor, “minha cunhada”), voltar ao disputado e lido Espaço-Tião com essa notícia péssima. Nem se fosse ruim. A verdade é que estou voltando.

Almeida – Semana passada, na minha feirinha de Jaguaribe, essa da quarta-feira, assisti ao desfile de um político, entre os singelos – gosto da palavra si – bancos de verduras dos inocentes e quase puros feirantes do lugar. Meninos, eu vi! O político, agora recém-eleito, passou com aquele ar de quem estava “engordando suas reses”. Lançou um olhar de cifrão, seguido de auxiliares, todos de cabeças baixas e sorrisos escondidos por detrás das máscaras, de meter medo.  

– E entre esses, os seus auxiliares diretos, secretários e aspones, mesmo escondendo suas verdadeiras caras-de-pau, mais por temor ao Corona que de receber na cara lisa gritos de “corruptos ou ladrões” e outros impublicáveis adjetivos, não conseguiram esconder os seus tristes passados.   Pois ainda ouvi alguns gritos de “ladrões & corruptos”, que não se perderam em meio aos gritos de oferta de “o quilo a dois e cinquenta no geral”. Ah, embora não seja o Jacinto de Thormes, depois eu conto.

Em tempo, se tempo ainda este MB tiver: a ideia do bom Marcos Pires em abrir as latrinas dos quiosques ao público, esse realmente o dono deles, é uma ideia que o novo prefeito (novo?) bem poderia acatar. Se é boa?  Mais isso: é bótima! Eu faço questão de puxar a minha descarga. Outro dia direi os meus porquês.

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1 Comentário

  • Reply Ana Paula 14 de janeiro de 2021 at 05:59

    Ele voltou, Tião? Muito bom! Um refrigério nesses tempos péssimos da Covid. Um texto limpo, despretensioso e gostoso de ler. Sou fã. Assim como sou dos seus escritos. Verdade: 1berto é único. O melhor Segundo Caderno que conheci. Parabéns pela volta. E por que demorou tanto, Tião?

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