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No tempo de Zé Américo, de João Agripino, de Tarcisio Burity e de Ricardo Coutinho a pancada do bombo era diferente

19 de maio de 2021

Esse negócio de empresário engrossar o couro do pescoço e ditar normas comportamentais, como fizeram agora os donos das empresas de ônibus da região metropolitana, não aconteceria em Governos de Zé Américo, de João Agripino, de Tarcisio Burity e de Ricardo Coutinho.

Não aconteceria porque esses citados tinham autoridade e se faziam respeitar.

Os empresários de transportes quiseram chantagear Zé Américo, recolhendo os ônibus que transportavam a população e ameaçando só voltar a circular com o aumento das passagens, e Zé Américo pegou os carros do Estado, todos eles, do carrinho de passeio ao caminhão de transportar carteiras escolares, e colocou-os à disposição dos usuários. O povo não ficou sem transporte e os empresários tiveram que morder o próprio rabo.

João Agripino prendeu o capitão do navio que se recusava a descarregar produtos em falta na Paraíba. “Aqui quem manda sou eu”, disse ele.

Em 78, o Governo Militar, que não entendia de seca, extinguiu as frentes de emergência, sob a alegação de que não havia mais necessidade de ajuda ao povo do campo. Burity bancou a emergência com recursos próprios e ainda mandou as mulheres alistadas ficarem em casa cuidando dos filhos e recebendo os salários.

E quando os empresários de transportes coletivos quiseram fazer greve para forçar o aumento das passagens, Burity criou o Setusa.

Ricardo Coutinho queria construir o Viaduto do Geisel e o Centro de Convenção, anunciados por vários governadores e nunca sequer começados. O Governo Temer fechou as torneiras, não liberou o dinheiro e Ricardo construiu as duas obras com o dinheiro do Estado, sem se dobrar.

Os empresários da grande João Pessoa começaram a reduzir a frota e a não fazer manutenção nos onibus, para enfrentar o surgimento dos alternativos. Houve um acidente com vítimas fatais na Beira Molhada. O governador Ricardo determinou ao DER a cassação das concessões se os donos das empresas não renovassem as frotas. Foi daí surgiu o Consórcio Metropolitano, com onibus tinindo de novos e em número suficiente para atender a demanda.

Esses empresários de coletivos que suspenderam a meia entrada aos pobres que moram em Cabedelo, Santa Rita, Bayeux e Conde e se utilizam dos ônibus para trabalhar em João Pessoa, jamais teriam esse topete, jamais se atreveriam a falar alto, se no Palácio da Redenção estivesse um Zé Américo, um João Agripino, um Tarcisio Burity ou um Ricardo Coutinho.

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3 Comentários

  • Reply MAURILIO BATISTA DIAS 19 de maio de 2021 at 08:52

    Governo fraco e covardes qualquer governo forte não se dobra a chantagem empresarial.falta coragem a João pra enfrentar as dificuldade e um governante preguiçoso

  • Reply Chico 19 de maio de 2021 at 11:04

    Concordo Tião vivi tudo isto porque sou um setentão.

  • Reply enrique 19 de maio de 2021 at 13:30

    esses msms empresários estão nas carreatas “por deus, pátria e família” enrolados na bandaira brasileira. eles vão pro trampo em carrões de luxo com no máximo um motorista, que o leva no colo até a cadeira do escritório só dele e devidamente higienizado, de onde o cidadão do bem irá realizar suas reuniões virtuais. mas antes disso tudo vamos ali nuzistaites se vacinar. o povo? cloroquina no rabo, ônibus cheio e viva o novo brasil dos 500 mil mortos. desde que não seja eu, claro.

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