Alberto Pessoa -Jornalista
Uma obra que já começa marcada para o sucesso. “No Tempo do Cangaço”, do Escritor paraibano Tião Lucena, editado pela Scortecci Editora-SP estreia sua série de lançamento em Brasília no mês dezembro. Em seguida a obra fará parte do stand da Scortecci na 27ª Feira do Livro de São Paulo.
O livro com 120 páginas teve a coordenação do escritor maranhense Alberto Pessoa, com a colaboração do historiador, advogado Edson Carvalho Vidigal Filho e prefaciado pelo advogado, professor de Filosofia Jesus Pearce.
No Tempo do Cangaço, é um livro necessário e nobre. Na obra, o leitor será convidado a acompanhar a força e a trajetória de Lampião e os seus. Guerreiros, valentes, determinados.
O autor se deu por completo na pesquisa e narração dos fatos. Destrinchou a história como quem vivenciou o Tempo do Cangaço pelos áridos caminhos do sertão ao lado de Virgulino Lampião e de seu “exército”.
Na obra, Tião mostra por A mais B, que os cangaceiros, tinham por meio a violência e por fim a defesa da justiça, em um mundo cruel e sem limites.
A guerra urbana que hoje assola o nosso país nem se compara às batalhas vividas “No Tempo do Cangaço.
A era de Virgulino Lampião passou, porém a história e a lenda continuam vivas a cada dia no coração e na memória do povo deste país.
A saga revivida nesta obra do paraibano Tião Lucena com tamanha precisão e revelações inéditas certamente se somará ao acervo gigante produzido no tempo do canganço.
O leitor fará uma viagem fascinantes no espaço e na história, conhecendo numa só obra todos os personagens, protagonistas, vilões e heróis desse período marcante da História do Brasil.
O autor cita oportunamente o cotidiano, os costumes, a ideologia dos cangaceiros, que mesmo após a morte de Virgulino deram continuidade ao Cangaço no nordeste e até os dias de hoje ainda há remanescente do Tempo do Cangaço, para que a história continue viva.
Lampião foi morto em 1938, em Angicos e a 25 de maio de 1940. Corisco e seu bando foi cercado em Brotas de Macaúbas, pela volante do tenente Zé Rufino. Dissolvera o bando, e abandonara as vestes típicas, procurando passar por simples retirante.
Terminava ali a carreira de Virgulino Ferreira da Silva, o Capitão Lampião, o homem que espalhou terror e justiça pelo sertão nordestino, odiado por muitos, endeusado por tantos, uma lenda que ultrapassaria a barreira do tempo e se eternizaria através das histórias e estórias contadas e declamadas pelos que viveram esse tempo.
Na obra de Tião Lucena você vai saber de tudo que aconteceu No Tempo do Cangaço.
O AUTOR
Tião Lucena nasceu no dia 19 de dezembro de 1951 na cidade de Princesa Isabel, terra do famoso Coronel José Pereira Lima, aquele que em 1930 começou uma guerra com o Presidente João Pessoa, declarou Princesa território livre do Estado da Paraíba e sustentou uma luta armada que durou seis meses.
É parente, ainda, do Coronel pelo lado da mãe, Emília Florentino de Lucena. O pai chegou no sertão da Paraíba curtindo uma viuvez recente e carregando nos braços um filho de quatro anos. Conheceu Emília, namorou, noivou e casou em menos de um ano. Desse casamento nasceram 13 filhos, quatro morreram, nove se criaram. Tião , que no registro de nascimento recebeu o nome de Sebastião Florentino de Lucena, filho de Seu Miguel e de Dona Emília, é o mais velho dessa segunda fornada.
Quando menino, trabalhou na roça com o pai e estudou as primeiras letras na escola particular de Dona Alice Maia. Depois fez o então curso primário no Grupo Escolar Gama e Melo, o ginasial no Ginásio Nossa Senhora do Bom Conselho e o Clássico no mesmo educandário. Nesse meio tempo, fez de um tudo para sobreviver: vendeu pão de porta em porta, foi cambista do jogo do bicho, locutor de loja, marcador de bingo e, finalmente, funcionário municipal.
Em 75 foi para João Pessoa fazer o Vestibular. Aprovado para o curso de Direito, formou-se em 1983. Nesse meio tempo, tornou-se jornalista de A União, em seguida trabalhou em O Norte, no Correio da Paraíba, no O Momento e no Jornal de Agá.
Hoje tem um blog, o mais acessado do Estado da Paraíba, é Procurador do Estado e de vez em quando escreve um livro. Este é o décimo quinto.
3 Comentários
Parabéns, Tião! Só não entendi a carona de Alberto Pessoa como “coordenador” do livro. Só tinha visto essa figura em coletâneas, mas pelo que sei você é o único autor da obra.
Pelo contrário, se não fosse ele e Edson Vidigal Filho o livro não sairia da gaveta.
Tá explicado!