O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), deputado Gervásio Maia, participou, neste domingo (29), do velório do jornalista Biu Ramos, realizado no Salão Nobre da Casa Legislativa. O governador Ricardo Coutinho e o deputado estadual João Gonçalves também estiveram na cerimônia.
Na ocasião, o chefe o chefe do Legislativo paraibano destacou a ética como sendo o principal legado do jornalista Biu Ramos. “Foi um grande jornalista, que teve o seu trabalho pautado na ética e na busca de uma sociedade mais justa. Esse último instante tinha de ser na Casa do Povo”, afirmou Gervásio, lembrando proximidade que a família dele tinha com Biu Ramos, que chegou a escrever a biografia do ex-governador João Agripino, tio do presidente da Assembleia.
O governador Ricardo Coutinho também destacou a postura firme do jornalista. “Biu Ramos foi um profissional com posições firmes, deixando verdades que serão um norte para as próximas gerações”, disse.
Já para o deputado João Gonçalves, Biu Ramos deixa como heranças o amor pela profissão e a solidariedade. “Era um grande apaixonado pela profissão que Deus lhe deu, procurando honrá-la com ética e compromisso social”, frisou.
Durante toda a manhã deste domingo, colegas de profissão e representantes de entidades de classe e da cena cultural paraibana prestaram as últimas homenagens a Biu Ramos, que morreu neste sábado (27) vítima de complicações causadas por uma pneumonia.
O escritor William Costa, que também é genro de Biu Ramos, ressaltou o legado de uma amizade de mais de três décadas. “Além de sua forma de atuar, o que sempre me chamou a atenção era o texto, sempre enxuto, sempre direto, uma escrita que dava muitas lições em termos de clareza”, completou.
O jornalista Nonato Guedes disse que a admiração por Biu Ramos começou quando ele ainda morava em Cajazeiras, no Sertão paraibano. “Biu era um profissional destemido, deixando um exemplo que a gente não vê mais. Viveu uma fase profícua e de engajamento”, contou.
O presidente da Associação Paraibana de Imprensa (API) afirmou que Biu Ramos deixa um legado de decência. “Conheci Biu na década de 90, tempo suficiente para perceber nele um profissional decente, um jornalista íntegro. É uma grande perda”, lamentou.
Trajetória – Severino Ramos nasceu na cidade de Santa Rita, na Grande João Pessoa. Com vocação natural, começou no jornalismo com 17 anos. Além do padrão ético e engajado, Biu Ramos, como era conhecido, era admirado pelo texto impecável, preciso e claro.
Foi o primeiro correspondente do Jornal do Brasil em João Pessoa, em 1965. Entre as reportagens de destaque está a que auxiliou na elucidação do assassinato de João Pedro Teixeira, líder das Ligas Camponesas na década de 60.
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