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O ADEUS A MANÉ GATO

11 de dezembro de 2021

 

RENA BEZERRA

Um homem de vida simples
Sem diploma e sem mandato,
Foi artista do pincel
Um pintor de fino trato,
De nome Manoel Pereira
Mas aqui nessa ribeira
Se chamava Mané Gato.

Era um cidadão pacato
Igualmente os seus afins,
Nunca soube que na vida
Praticasse coisas ruins,
Com muita espontaneidade
Ganhou aqui na cidade
O galardão dos pantins.

Tinha um que era famoso
Um pantim bem embusteiro,
De carteiras de cigarros
Fazia aquele dinheiro,
Um pacote generoso
E depois cobria manhoso
Com dinheiro verdadeiro.

E no bolso dianteiro
Da sua calça de brim,
Ele chegava no bar
Dizia: cana pra mim,
E pra pagar o corote
Ele arrastava o pacote,
Era esse seu pantim.

Mas hoje chegou ao fim
Sua vida e seu contrato,
Viveu do jeito que quis
Foi feliz no seu formato,
Vai deixar saudade sim,
E toda vez que houver pantim
Vão lembrar de Mané Gato.

Poeta cordelista
Rena Bezerra
11/12/21

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2 Comentários

  • Reply Miguel Lucena 11 de dezembro de 2021 at 11:45

    Parabéns, poeta! E viva Mané Gato

  • Reply Ednaldo Duarte Lima 12 de dezembro de 2021 at 21:00

    Esse sempre será lembrado de princesa ao Chuí RS pois sou um cidadão princesense morando. O sul do Brasil, poonde andei e ando levo com horgulho as histórias e os patins do famoso e eterno Mané Gato! Que ele descanse em paz! E no meio da tristeza de perder esse grande homem de vida simples, o céu se alegra por receber um dos maiores sertanejo, que o diga meu irmão, Francisco Duarte Lima que no céu se encontra e irá receber com muita alegria o seu grande ídolo!

    Meus sentimentos a todos familiares e os imitadores dos velhos patins do saudoso Mané Gato!!!

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