CÍCERO LIMA (jornalista).
Há mais de 40 anos, existia na minha cidade de Barra de Santa Rosa, situada na região do Curimataú, o único e famoso Cabaré de Conceição, prostibulo que recebia no dia de feira, todas às 5ª, “moças” de programa, vindas de Campina Grande, a convite de Conceição, a dona do estabelecimento, para “acalentarem amorosamente” os matutos e até mesmo figuras importantes, como o próprio Prefeito da cidade.
Meu compadre “ZEZINHO”, por exemplo, passava a semana puxando agave (sisal), comendo rapadura preta com feijão e às 5ª feiras levava o agave (sisal) que produzia durante a semana e vendia aos comerciantes do produto, JORGE ou PEDRO JUSTINO, mesmo sabendo de que as balanças desses comerciantes diminuíam o peso real no mínimo em 30%, mas como só existiam eles, não tinha outra saída, até porque precisava passar no Cabaré de Conceição.
Ocorreu que certa 5ª feira, Conceição avisou a todos que tinha chegado “carne nova” no seu estabelecimento. Ai compadre “Zezinho” ficou nervoso e não comprou quase nada na feira., porque precisava economizar para ir até o Cabaré de Conceição. Chegou por volta de meio dia e se assustou, tinha uma fila de 12 companheiros esperando a vez para o encontro amoroso.
De repente, chegou o Prefeito da cidade e foi recebido com muita alegria por sua amiga Conceição, deixando todos da fila tristonhos, pois a vez seria do Prefeito e não apostavam também no horário que sairia de lá, afinal era o mandatário da cidade.
Poucos minutos do encontro com o Prefeito, surgiu a velha e sábia Conceição, fazendo a todos da fila a seguinte proposta: “Falei com o Prefeito, expliquei que seria difícil “furar a fila”, mas trago uma proposta, ele será o próximo a ser atendido deixará pago todas as despesas de vocês, aceitam? Todos por uma boca só: “ACEITAMOS.”
E a festa continuou.
7 Comentários
O cabaré de Conceição era um verdadeiro “cai couro”. As meninas iam, em sua maioria, das cidsdes de Esperança e Solânea. Elas chegavam toda quinta feira, de madrugada em carrocerias de caminhões juntamente com os feirantes e mercadorias. Eu frequentava aquele velho pardieiro semanalmente, dividindo minhas economias semanais com as “garotas”e com Zé Lula que tratava das gonorréias. Quem era o Prefeito eu não sei, mas, desconfio. Ciço sabe.
Barra de Santa Rosa tinha uma das maiores feiras da região, nas décadas de 50 e 60. Era imbatível. Feira de meio de rua. Por outro lado, tinha o pior cabaré. Era aquele tempo que a mulher, após o coito, lavava o páu do freguês numa bacia e enxugava, sempre, com a mesma toalhinha. Conceição, muito velha e bastante usada, não trepava, só vendia cachaça e cerveja quente. O jornalista Cícero, eu conheci quando o mesmo ainda morava no Poço Doce. Depois, foi morar na rua com umas tias. Ele é dos Batista. Né não ?
Certa vez eu fui trabalhar no censo, para fazer a contagem da população de Barra de Santa Rosa, mas já não existia esse tão badalado “Cabaré de Conceição”. Encontrei um cabaré chamado Lenduá, que ficava por trás do Grupo Escolar. Ainda se usava a tal bacia e um pano de prato, para lavar e depois limpar a chibata do freguês.
CORREÇÃO: LENDUÁ ERA O BAIRRO E ERA LÁ MESMO ONDE ESTAVA A PRESTAR RELEVANTES SERVIÇOS, O CABARÉ DE CONCEIÇÃO.
NOBELINO, VOCÊ QUASE ACERTOU: SOU FILHO DE JOSÉ BATISTA DE SOUSA. NASCI E ME CRIEI NO SÍTIO SANTA ROSA E O PREFEITO DA ÉPOCA JÁ FALECEU E CITAR O NOME DELE PODE RENDER UMA AÇÃO PENAL E OUTRA CÍVEL .
Eu sou de Barra de Santa Rosa, mas vivo no Rio de Janeiro onde trabalho como porteiro de hotel e aqui constituí minha família. Aqui cheguei em 10 de fevereiro do ano 2001. Nunca mais voltei em Barra, por questões financeiras para custear passagens de ida e volta para 6 pessoas. Mas, mantenho contatos via zap com uns poucos parentes que ainda moram no local Telha. Gostaria muito que o Jornalista Cícero divulgasse mais nossa cidade apresentando fotos da centenária igreja católica, da linda praça com seus animais feitos com algaroba, uma vista aérea da cidade. Fica a sugestão, sem tirar o brilho do artigo publicado sobre o Cabaré de Conceição, que não conheci.
CONTERRÂNEIO JOÃO BATISTA, VOCÊ NÃO AVALIA O QUE PERDEU, EM NÃO TER CONHECIDO O CABARÉ DE CONCEIÇÃO.
VOU FALAR COM TIÃO PARA ELE RESERVAR ESPAÇO PARA DIVULGAÇÃO DE OUTRAS COISAS BOAS DE NOSSA CIDADE.