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O cochilo e a gravata

8 de julho de 2020

Não sei porque a OAB, com tantas coisas para se preocupar, gasta tinta e papel comentando  o cochilo dado por um procurador de justiça durante uma sessão online do TJPB.

Como se o procurador, de 73 anos, fosse um homem de ferro, imune ao cansaço.

Mas OAB voltou sua atenção para a cochilada do procurador e, achando pouco, distribuiu nota com a imprensa acusando o Tribunal de usar dois pesos e duas medidas.

É que, antes ou depois desse fato, um advogado teria comparecido a audiência sem a gravata. E chamaram a sua atenção.

A OAB queria que, como o procurador dormiu sem ser importunado, o advogado fizesse a audiência sem a tira de pano pendurada no pescoço e ninguém  reclamasse.

Só que, no caso em comento (viuge!), temos que levar em conta o seguinte:

Não é todo dia que o procurador cochila.

A cochilada foi um acidente de percurso, um ato involuntário.

Mas a gravata do advogado, não. Ela faz parte da indumentária do cultor das leis.

E se o TJ afrouxar, daqui a pouco vai aparecer advogado em mangas de camisa, de japonesa nos pés e boné de praia na cabeça, fazendo  a audiência  com um saco de pipocas do lado.

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