O Deus de cada um

Quando vejo nas páginas de sociedade essas damas exageradamente maquiadas, trajadas e espichadas, participando de canapés festivos, questiono a quem de direito para me dizer por que tantos têm tanto para ostentar e a tantos falta o básico para não morrer de fome.

Em cada sinal da cidade um homem ou uma mulher se posta com cartaz pedindo ajuda para comer. Isso mesmo, para comer, para se alimentar, a si e aos seus.

E nos restaurantes ali pertinho as câmeras fotográficas exibem a mesa farta de comidas e aperitivos do iluminado que ao passar pelo pedinte torce o nariz para não sentir o cheiro de pobreza.

Eu me sentei diante do computador para comentar essa vida que parece eterna, mas que se acaba ao primeiro sopro. Uma vida cheia de heróis e de bandidos, de mártires e de espertalhões, de santos e diabos.

E o fiz também para enaltecer a coragem de pessoas que, mesmo na adversidade, enfrentam  o sofrimento com garra e fé num Deus que muitos exaltam para ficar bem na fita do pastor ou do padre, mas que é o porto seguro e o consolo para os que sofrem.

Eugênia Vital, a bela repórter da nossa TV, está de novo na UTI. Faz tempo que ela luta pela vida. Hoje postou nas redes sociais uma mensagem que calou fundo no coração de quem viu. Levada mais uma vez ao hospital, lhe arrancaram um caroço do intestino. E ela, mesmo na cama da UTI, cita os anjos que a acudiram e termina a mensagem dirigindo-se ao Deus que não é o Deus do modismo e sim o que consola e ampara: “Eis-me aqui, Senhor. A estrada está dura. Mas, sei que é para a Sua glória inquestionável. (Mamãezinha também me olha lá de cima. Deus IN. Poder Infinito”.